Categoria Economia  Noticia Atualizada em 10-08-2012

Ainda há espaço para expansão do crédito no Brasil, diz diretor do BC
Carlos Hamilton Araújo disse que expansão de crédito é boa para o país. BC realiza seminário sobre riscos e estabilidade financeira em São Paulo.
Ainda há espaço para expansão do crédito no Brasil, diz diretor do BC
Foto: g1.globo.com

Ainda há espaço para a expansão do crédito no Brasil, na opinião do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo. Durante palestra de abertura do VII Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária do Banco Central do Brasil, realizado nesta sexta-feira (10), em São Paulo, ele afirmou que a continuidade da expansão de crédito é desejável para o país neste momento.

"Existe espaço para expansão do crédito. Além de possível, a continuidade da expansão do mercado de crédito é desejável, haja visto sua importância para que o Brasil experimente nos próximos anos um ciclo de crescimento sustentável e duradouro."

A palestra de abertura do evento seria feita, inicialmente, pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, mas na noite de quinta-feira houve alteração na agenda do ministro.

Durante sua apresentação, embora tenha destacado que há espaço para que o crédito cresça, Araújo lembrou que, atualmente, a velocidade de crescimento do crédito vem arrefecendo.

"O crédito, tanto para o consumo quanto para o investimento, cresceu nos últimos anos a uma taxa média ao redor de 20% ao ano. Nos últimos meses, nota-se redução na velocidade de crescimento para patamares na vizinhança de 15%, em termos anualizados. Não se pode desconhecer que, após vários anos de forte crescimento, certa moderação seria o caminho natural do mercado de crédito."

Inadimplência
O diretor do BC disse que os indicadores apontam para uma queda na inadimplência, mas destacou que o aumento recente nunca colocou em risco o sistema financeiro do país. "Sobre a inadimplência, aspecto dos mais relevantes para o mercado de crédito, os indicadores apontam recuo neste segundo semestre", disse.

"De fato, o aumento recente da inadimplência no segmento de crédito à pessoa física, em parte se deveu a fatores específicos devidamente identificados e tempestivamente corrigidos pela regulação prudencial. De qualquer maneira, é importante mencionar que, em nenhum momento, este avanço da inadimplência pôs em risco a estabilidade do sistema, que se encontrava, a rigor se encontra, bem provisionado e bem capitalizado, portanto, plenamente capaz de acomodar eventuais perdas."

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir