Categoria Politica  Noticia Atualizada em 13-08-2012

Em semana parada no Congresso, CPI vota pedidos e ouve depoentes
Comiss�o realiza reuni�o administrativa na ter�a e de depoimentos quarta. Requerimento que pede nova convoca��o de Marconi Perillo est� na pauta.
Em semana parada no Congresso, CPI vota pedidos e ouve depoentes
Foto: g1.globo.com

Na semana de "recesso branco", sem vota��es previstas do plen�rio tanto na C�mara quanto no Senado, a CPI Mista que investiga as rela��es do contraventor Carlinhos Cachoeira com pol�ticos e empres�rios deve centrar esfor�o na reuni�o administrativa marcada para a pr�xima ter�a-feira (14), quando ser�o votados pedidos para obter informa��es e convocar novos depoentes.

Os parlamentares da CPI t�m ao todo mais de 200 requerimentos aguardando vota��o. Entre eles, o que pede nova convoca��o do governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB). O requerimento, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ganhou for�a na semana passada ap�s a revela��o de que a mulher do contraventor, Andressa Mendon�a, sabia sobre o uso de "laranjas" pelo grupo e de negocia��es do marido junto ao governo de Goi�s.

Em uma das grava��es obtidas pelo G1, Cachoeira diz � mulher que vendeu a casa que era do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) por R$ 2,1 milh�es. Segundo Cachoeira, R$ 100 mil foram dados a Perillo para n�o "perder um cliente de bilh�es � toa".

"Essa revela��o [do valor pago ao Perillo] torna inevit�vel a reconvoca��o do Perillo para prestar explica��o � CPI", avaliou o senador autor do requerimento. O governador nega que tenha vendido a casa a Cachoeira e refuta que tenha recebido propina.

Al�m da vota��o de requerimentos, os parlamentares devem discutir a cria��o de sub-relatorias, o que tem sido solicitado por alguns integrantes da CPI, que defendem que as investiga��es n�o fiquem concentradas nas m�os do relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-SP).

"Precisamos criar sub-relatorias para a aprecia��o de todas as informa��es. Isso n�o pode ser uma palavra suprema do relator. Precisa ser decidido pelo colegiado", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Depoimentos
J� para quarta-feira (15), o presidente da CPI, senador Vital do R�go (PMDB-PB) convocou o depoimento de Hillner Braga Ananias, ex-seguran�a do ex-senador Dem�stenes Torres, cassado em julho sob acusa��o de favorecer Cachoeira. Para o mesmo dia, est� previsto o depoimento do policial aposentado Aredes Correia Pires, do ex-presidente do Departamento de Tr�nsito (Detran) de Goi�s, Edivaldo Cardoso de Paula, e da empres�ria Rosely Pantoja. Todos s�o apontados como colaboradores de Cachooeira nos jogos ou nos neg�cios.

Hillner Ananias teve o nome citado em liga��es captadas pela Pol�cia Federal durante as investiga��es da opera��o Monte Carlo, que resultou na pris�o de Cachoeira, em fevereiro. J� o ex-policial aposentado Aredes Correia Pires, segundo a Pol�cia Federal, teria recebido um dos aparelhos de r�dio Nextel distribu�dos pelo contraventor goiano na tentativa de evitar grampos.

Rosely Pantoja � s�cia da Alberto & Pantoja Constru��es, empresa tida pela Pol�cia Federal como integrante do esquema. De acordo com a Pol�cia Federal, a Alberto & Pantoja � uma empresa de fachada, que teria recebido recursos da construtora Delta.

J� o ex-presidente do Detran de Goi�s aparece em grava��es da pol�cia referentes a um repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Ele ainda � suspeito de ter sido indicado para o cargo por Cachoeira.

Dispensa autorizada
Na �ltima quinta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal negou pedido de parlamentares para que n�o ocorra mais a dispensa de depoentes que optarem por ficar em sil�ncio. A decis�o � da ministra Rosa Weber.

A libera��o dos depoentes � um procedimento tomado pelo presidente da CPI, senador Vital do R�go (PMDB-PB) toda a vez que um dos depoentes ou testemunhas se reserva ao direito de permanecer calado, sem responder �s perguntas.

No caso dos r�us do processo envolvendo o esquema do contraventor, o direito de ficar calado para n�o produzir provas contra si � previsto na Constitui��o. J� as testemunhas podem ficar caladas caso consigam um habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir