Elas foram infectadas durante tratamento para emagrecer em Cuiabá.
Hospital Metropolitano está sem medicamento para tratamento.
Foto: g1.globo.com O medicamento para as 44 mulheres que contraíram uma infecção durante tratamento para eliminar gordura à base de enzimas, em uma clínica de estética em Cuiabá, está em falta no Hospital Metropolitano. Vinte e uma delas já passaram por cirurgias para a retirada dos nódulos causados por uma micobactéria, mas algumas estão tendo que comprar o antibiótico necessário para o tratamento pela falta no hospital.
Os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na região metropolitana da capital, assim como o tratamento nas demais pacientes que sofreram a contaminação. As injeções do medicamento amicacina (três vezes por semana) estão sendo feitas, porém, a dificuldade é para conseguir o antibiótico à base de claritromicina.
São 60 comprimidos por mês e a caixa com dez unidades do antibiótico custa R$ 59. A direção do hospital confirmou a falta do medicamento e explicou que já foi requisitado ao Ministério da Saúde. "Nós fizemos oito notificações, antes das pacientes iniciarem o tratamento no hospital e o Ministério da Saúde liberou os pedidos aos pacientes. Entramos com a diferença para fechar com o total de 44 pacientes, mas em virtude das greves do serviço público federal essa medicação não foi enviada", disse o diretor geral do Hospital Metropolitano, José Carlos Nascimento. Uma paciente que prefere não se identificar contou à reportagem que há 15 dias retirou sete nódulos que apareceram após a aplicação das enzimas que deveriam ajudar a queimar a gordura localizada. Ela precisa realizar o tratamento durante seis, mas foi ao hospital por três vezes atrás do medicamento e não recebeu. "Fui três vezes. A enfermeira que está cuidando deste caso, falou que o SUS mandou para oito pessoas que foram cadastradas primeiro. É para esperar, que quando tiver lá [hospital] ela liga. Disse ainda que eu não preciso estar voltando lá", relatou.
O diretor geral do hospital ressaltou ainda que para atender todas as pacientes, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já encomendou o antibiótico junto à distribuidora. "Devemos começar a fazer as aplicações nos pacientes até quinta-feira que é o prazo que a distribuidora nos deu em virtude do volume da medicação", pontuou.
Fonte: g1.globo.com
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