Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-08-2012

Mulheres feridas ao eliminar gordura em clínica ficam sem medicamento
Elas foram infectadas durante tratamento para emagrecer em Cuiabá. Hospital Metropolitano está sem medicamento para tratamento.
Mulheres feridas ao eliminar gordura em clínica ficam sem medicamento
Foto: g1.globo.com

O medicamento para as 44 mulheres que contraíram uma infecção durante tratamento para eliminar gordura à base de enzimas, em uma clínica de estética em Cuiabá, está em falta no Hospital Metropolitano. Vinte e uma delas já passaram por cirurgias para a retirada dos nódulos causados por uma micobactéria, mas algumas estão tendo que comprar o antibiótico necessário para o tratamento pela falta no hospital.

Os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na região metropolitana da capital, assim como o tratamento nas demais pacientes que sofreram a contaminação. As injeções do medicamento amicacina (três vezes por semana) estão sendo feitas, porém, a dificuldade é para conseguir o antibiótico à base de claritromicina.

São 60 comprimidos por mês e a caixa com dez unidades do antibiótico custa R$ 59. A direção do hospital confirmou a falta do medicamento e explicou que já foi requisitado ao Ministério da Saúde. "Nós fizemos oito notificações, antes das pacientes iniciarem o tratamento no hospital e o Ministério da Saúde liberou os pedidos aos pacientes. Entramos com a diferença para fechar com o total de 44 pacientes, mas em virtude das greves do serviço público federal essa medicação não foi enviada", disse o diretor geral do Hospital Metropolitano, José Carlos Nascimento. Uma paciente que prefere não se identificar contou à reportagem que há 15 dias retirou sete nódulos que apareceram após a aplicação das enzimas que deveriam ajudar a queimar a gordura localizada. Ela precisa realizar o tratamento durante seis, mas foi ao hospital por três vezes atrás do medicamento e não recebeu. "Fui três vezes. A enfermeira que está cuidando deste caso, falou que o SUS mandou para oito pessoas que foram cadastradas primeiro. É para esperar, que quando tiver lá [hospital] ela liga. Disse ainda que eu não preciso estar voltando lá", relatou.

O diretor geral do hospital ressaltou ainda que para atender todas as pacientes, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já encomendou o antibiótico junto à distribuidora. "Devemos começar a fazer as aplicações nos pacientes até quinta-feira que é o prazo que a distribuidora nos deu em virtude do volume da medicação", pontuou.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir