Categoria Informativo CDL  Noticia Atualizada em 16-08-2012

SPC apresenta perfil do micro e pequeno empreendedor brasil

SPC apresenta perfil do micro e  pequeno empreendedor brasil
Foto: SPC BRASIL

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgou uma pesquisa inédita, feita pela Universidade Federal de Minas Gerais em 27 capitais, sobre o perfil do micro e pequeno empreendedor do varejo brasileiro. Os dados também mostram os desafios, as necessidades e as demandas por políticas públicas específicas para o fortalecimento desse segmento, tão importante na movimentação da economia e na geração de emprego e renda para a população do país.

Em síntese, a pesquisa revela que o micro e pequeno varejista, em sua maioria, é homem (69%) em idade média de 42 anos, possui ensino médio (46%), já trabalhou no varejo, tem um faturamento bruto de até R$ 60 mil mensais, emprega familiares e não recorreu aos bancos para financiar a abertura e expansão do negócio. A maioria (63% dos entrevistados) também está no negócio há mais de 10 anos, e 67% já tinham trabalhado no varejo anteriormente ou herdou a empresa da família.

Experiência e maturidade no negócio

Os dirigentes da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC vêem esses dados como uma demonstração de maturidade do setor, com pessoas experientes e empresas sólidas que ultrapassaram os dois anos iniciais de operação, fase onde se registra maior número de quebra de empreendimentos.

O outro fato que chama a atenção é o uso de recursos próprios ou da família para abrir a empresa. Esse é o caso de 86% dos empreendedores. Apenas 7% recorreram ao crédito bancário. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro, esses números demonstram que o pequeno empreendedor não é alcançado pelo sistema financeiro nacional, apesar da divulgação do Governo sobre a política de redução de juros e de acesso ao crédito.
Confirmando essa tendência, a pesquisa ainda informa que 53% dos empresários pretendem investir no negócio, ampliando a loja, adquirindo equipamentos e contratando mais mão de obra. Porém, tudo isso com recursos próprios, sem utilização de empréstimos bancários.
Emprego e tecnologia
Ainda segundo o estudo do SPC, cerca e 50% dos empreendimentos varejistas empregam de um a quatro funcionários por estabelecimento, indicando que a maioria do varejo é formada por micro e pequenas empresas.
O acesso às novas tecnologias também é limitado, já que 82% desses empreendimentos não usam e-commerce, automação comercial, displays interativos e sites de compras coletivas. Para os dirigentes da CNDL e SPC, assim como acontece com o crédito concentrado, onde os bancos priorizam os grandes empreendimentos, as empresas de Tecnologia da Informação dão mais atenção às grandes redes varejistas, esquecendo o potencial de mercado formado pelo pequeno comércio, que é maioria absoluta no número de negócios formais instalados no país.
Com os resultados da pesquisa, os dirigentes lojistas já fazem novas postulações para incentivar o setor, citando como exemplo o modelo de crédito agrícola. "Como fazem com a Agricultora, deveriam ser oferecidas linhas de crédito desburocratizadas e obrigatórias na carteira dos bancos para atender aos pequenos comerciantes", sugere Roque Pellizzaro. Outra preocupação é com o excesso de burocracia e carga tributária, incompatíveis com a realidade dos pequenos e médios empreendimentos, que não têm mão de obra, estrutura e nem capital suficientes para acompanhar as exigências que se modificam diariamente com emissão de regulações, leis, normas, entre outros.


    Fonte: CDL ITAPEMIRIM E MARATAÍZES
 
Por:  CDL Marataízes e Itapemirim    |      Imprimir