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Japão vai deportar ativistas chineses após detenção em ilha

O Japão decidiu deportar ativistas chineses que desembarcaram Em um conjunto de ilhas disputadas, disse a agência Kyodo nesta quinta-feira, numa notícia que pode aliviar as tensões entre as duas maiores economias asiáticas.
Japão vai deportar ativistas chineses após detenção em ilha

Foto: AFP

A disputa por ilhas no mar do Leste da China complica as relações bilaterais, afetadas também pelos ressentimentos chineses quanto ao passado militarista japonês, e por rivalidades contemporâneas envolvendo recursos e influência regional.

Mais cedo nesta quinta-feira, a China havia insistido no seu apelo pela libertação "imediata e incondicional" de todos os detidos no incidente de quarta-feira, que coincidiu com o 67o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

A China também disputa ilhas e águas territoriais com países do Sudeste Asiático, e a ampliação do poderio naval chinês alimenta temores sobre o uso da força bruta para a solução de disputas.

Especialistas dizem que China e Japão provavelmente desejam resfriar a situação, para preservar seus vínculos econômicos.

"Mas quando questões que tocam no nacionalismo são envolvidas, há aspectos que os políticos não podem controlar. As coisas não vão se resolver automaticamente, e respostas cuidadosas são necessárias", disse Akio Takahara, professor da Universidade de Tóquio, antes da notícia da deportação dos ativistas.

Sete dos 14 detidos haviam chegado até a ilha rochosa e desabitada para fincar uma bandeira do seu país. Outros sete foram detidos no seu barco, abordado pela Guarda Costeira japonesa. Os dois países trocaram acusações mútuas por causa do episódio.

A Guarda Costeira japonesa não quis comentar a informação da Kyodo, e um policial afirmou que não havia decisão firme sobre a extradição.

O Partido Comunista chinês (partido único) está atualmente voltado para o seu processo de transição de poder, o que provavelmente intensificará seu foco sobre a estabilidade e impedirá o partido de parecer brando com o Japão, país que muitos chineses associam à brutalidade bélica.

"Que tipo de mentalidade levou o Japão a perder sua moderação e a repetidamente desafiar a sólida determinação da China para proteger seu território e soberania?", questionou o jornal Diário do Povo, órgão oficial do PC Chinês.

(Reportagem adicional de Tetsushi Kajimoto, Kiyoshi Takenaka e Olivier Fabre, em Tóquio; de Chris Buckley, em Pequim; e de Tara Joseph e James Pomfret, em Hong Kong)

Fonte: reuters.com

Por: Maratimba.com | Imprimir