Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-08-2012

Chefe de paz da ONU diz que Síria escolheu "caminho da guerra"
Organização anunciou fim de missão no país nesta quinta. Impasse persiste sobre como conter conflito que ocorre a 17 meses.
Chefe de paz da ONU diz que Síria escolheu
Foto: g1.globo.com

O governo e os rebeldes da Síria "escolheram o caminho da guerra", disse um chefe de manutenção de paz da ONU, no momento em que a entidade encerra sua condenada missão de monitoramento naquele país e o impasse persiste entre as potências internacionais sobre como conter o conflito de 17 meses.

"Está claro que ambos os lados escolheram o caminho da guerra, do conflito aberto, e o espaço para o diálogo político, o fim das hostilidades e a mediação é muito, muito reduzido neste ponto", disse o vice-chefe de manutenção de paz da ONU, Edmond Mulet.

Duas semanas após o enviado especial Kofi Annan renunciar como mediador da crise, frustrado com o fracasso da trégua de quatro meses, observadores militares não conseguiram fazer o monitoramento com segurança e autoridades da ONU disseram na quinta-feira (16) que os últimos membros da missão deixarão Damasco em 24 de agosto.

No momento em que luta está sendo travada em torno da maior cidade da Síria, Aleppo, e sequestros sectários têm espalhado o conflito sírio para o frágil vizinho Líbano, potências ocidentais e a Rússia continuam em desacordo no Conselho de Segurança sobre o destino do presidente Bashar al Assad.

Observadores desarmados
Neste ano, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de 300 observadores militares desarmados à Síria para monitorar um cessar-fogo negociado entre o enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, e Bashar al-Assad, presidente da Síria.

Mas as hostilidades cresceram e a Missão de Observação da ONU na Síria suspendeu suas patrulhas no dia 15 de junho.

Nesta quinta, o número de observadores caiu para 101, além de 72 funcionários civis. Mulet informou que o último observador deve deixar Damasco na sexta-feira da próxima semana.

O Conselho de Segurança apoiou um plano do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para iniciar um escritório político intermediário em Damasco para monitorar os eventos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir