Categoria Politica  Noticia Atualizada em 21-08-2012

Republicano contrário ao aborto pede desculpas em novo anúncio televisivo
O congressista republicano Todd Akin pediu perdão novamente nesta terça-feira, em um novo anúncio televisivo.
Republicano contrário ao aborto pede desculpas em novo anúncio televisivo
Foto: publico.pt

O congressista republicano Todd Akin pediu perdão novamente nesta terça-feira, em um novo anúncio televisivo, por seus comentários sobre a existência de diferentes tipos de estupro, no meio de uma crescente pressão de seu partido para que deixe a disputa por uma cadeira no Senado.

"A violação é um ato malvado. Usei as palavras equivocadas", diz Akin no anúncio intitulado de "Perdão", após ter pedido desculpas na segunda-feira durante uma entrevista para uma rádio americana.

Apesar de seu pedido de perdão, as pressões dentro do Partido Republicano para que desista de concorrer por uma cadeira no Senado pelo Missouri nas eleições de 6 de novembro só aumentam.

O candidato republicano a vice-presidência, Paul Ryan, telefonou para Akin na segunda-feira, segundo a "NBC", e organizações do movimento direitista Tea Party, até agora fiéis ao congressista, se somaram às pressões para que renuncie à corrida pelo Senado.

O Comitê Nacional Republicano para o Senado assinalou que retirará o apoio financeiro a Akin, incluindo os US$ 5 milhões que estavam reservados aos anúncios antes das eleições de novembro.

Akin também perderá o apoio do Comitê de Ação Política American Crossroads, um dos maiores grupos de apoio aos republicanos, que conta com Karl Rove, responsável pela campanha que levou George W. Bush à presidência.

Akin tem até as 18h (horário de Brasília) desta terça-feira para renunciar e permitir que seu partido apresente outro candidato para lutar pela cadeira do Missouri contra a senadora democrata Claire McCaskill.

O congressista sustentou no domingo, em uma entrevista a uma televisão local de St. Louis, que é contra o aborto em todos os casos, inclusive de estupro, dizendo que o corpo da mulher tem formas de evitar uma gravidez não desejada.

Após o anúncio, as reações de rejeição tanto por parte do aspirante republicano à Casa Branca, Mitt Romney, como pelo presidente de EUA, Barack Obama, vieram à tona rapidamente.

Aproveitando-se do fato, a campanha democrata se apressou em lembrar que Paul Ryan, o vice-presidente de Romney, é um católico contrário à interrupção da gravidez, exceto quando a vida da mãe corre perigo. Os democratas também rememoraram que quando Ryan era congressita, trabalhou com Akin "para tratar de aprovar leis que proíbem o aborto em todos os casos".

Além de ter colocado o partido em uma situação delicada, com o sempre controvérsio tema, Akin também colocou em perigo as opções republicanas de ter a maioria no Senado a partir de novembro, já que até agora as pesquisas apontavam o republicano à frente da democrata McCaskill na disputa pela cadeira do Missouri.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir