Categoria Vírus & Cia  Noticia Atualizada em 21-08-2012

Moradores de Santa Adélia sofrem com nuvem de poeira e açúcar
Depósito de açúcar próximo a bairro traz transtornos para moradores. Poeira estraga pintura dos carros e problemas de saúde para crianças.
Moradores de Santa Adélia sofrem com nuvem de poeira e açúcar
Foto: g1.globo.com

Os moradores de um bairro de Santa Adélia (SP) sofrem com a poeira que invade as casas, os quintais e os carros. Segundo a população, esse pó todo vem de um depósito de açúcar. E esta mistura de açúcar e poeira traz transtornos para os moradores.

De acordo com os moradores, a poeira vem de um galpão de açúcar. Todos os dias, caminhões saem carregados. Diante do transtorno, algumas pessoas resolveram fotografar a densa nuvem que se forma na rua e até registraram boletim de ocorrência na polícia. O pó branco encobre tudo. "É puro açúcar. É um melado só de açúcar com terra, poeira", afirma o tratorista Wanderley Luciano.

Por precaução, para não estragar a pintura do carro, Wanderley precisa cobrir o veículo todos os dias. "Fica difícil para a gente. Sempre quando tem de sair ou chegar em casa tem de colocar e tirar a capa", diz. Situação que para o funileiro Adalto Vidal não representa só transtorno, mas também prejuízo. Ele montou uma funilaria há 40 dias e sempre precisa fazer o serviço mais de uma vez. "Na hora da pintura a poeira entra na estufa e mesmo assim atrapalha, estraga a pintura. Tem de pintar novamente", explica.

O problema atinge todas as casas que ficam ao lado do depósito de açúcar. Segundo os moradores, os problemas começaram há três anos, quando a empresa se instalou. Além da poeira, outra situação tem provocado prejuízo: as rachaduras, provocadas pela vibração das máquinas.

Na casa da professora Catrine Rossi a situação é grave. Além das rachaduras, a poeira que está nas folhas das árvores e no carro da professora também pode ter sido a responsável por complicar a saúde da filha Laura, de 3 anos. "Ela começou a ter um problema de saúde, bronquite alérgica, já foi internada duas vezes. Ela não pode nem sair de casa", diz a mãe.

A prefeitura notificou a empresa Agrovias, que administra o porto seco. Os responsáveis se comprometeram a instalar um aspirador e vedar o local onde é despejado o açúcar. Tudo isso deve ser feito em 40 dias.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir