Pescado apresentou 38 mil becquerel de césio radioativo por quilo.
Foram encontrados índices superiores aos permitidos em peixes e mariscos.
Foto: g1.globo.com A Tepco, operadora da central de Fukushima, epicentro da crise nuclear no Japão, detectou peixes com um nível de césio radioativo até 380 vezes maior que o limite permitido para consumo, informou nesta quarta-feira (22) a cadeia "NHK".
A empresa detectou um pescado de rocha com 38 mil becquerel de césio radioativo por quilo, o maior índice de contaminação informado até o momento.
A amostra foi recolhida em 1º de agosto em águas de Minamisoma, cidade que a 25 km da usina nuclear.
A Tepco detalhou que também encontrou índices superiores aos permitidos em outras nove amostras de peixes e mariscos, detalhou a "NHK".
O anúncio acontece dois meses depois da retomada parcial da atividade pesqueira na província de Fukushima e de diversas cooperativas terem recomeçado suas vendas a supermercados.
Além disso, no início de agosto o polvo de Fukushima voltou a ser cotado no maior mercado de pescados do mundo, o de Tsukiji, em Tóquio, depois que os pescadores desta província do nordeste japonês comprovaram que o produto é seguro.
Após detectar o pescado contaminado, a Tepco assegurou que continuará as análises na região até o fim de setembro, com especial atenção às espécies de rocha, ao marisco e à areia do fundo do mar.
O acidente na usina de Fukushima, o pior desde o de Chernobyl, na Ucrânia, mantém deslocadas mais de 52 mil pessoas e afetou gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca locais.
Fonte: g1.globo.com
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