Categoria Policia  Noticia Atualizada em 23-08-2012

Defesa de Cabo Bruno avalia esquema para saída sigilosa
Objetivo é evitar tumulto e possíveis manifestações contrárias. Ex-policial poderá votar nas eleições de outubro, diz advogado.
Defesa de Cabo Bruno avalia esquema para saída sigilosa
Foto: g1.globo.com

A defesa do ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, afirmou que a liberação do acusado concedida na última quarta-feira (22) é justa e que o detento deve sair de forma sigilosa da penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, conhecida como P2.

O objetivo da saída em sigilo é evitar possíveis manifestações e tumultos. "Ele deve sair dentro de um carro, como fez na saída temporária do Dia dos Pais. Depois que identificar que não há mais risco, ele deve ir a pé para a casa", disse ao G1 o advogado de defesa Fábio Ferreira Jorge. Ele não virá buscar o cliente e não quis informar quem dará carona ao ex-policial.

A previsão é que a saída ocorra ainda nesta quinta-feira (23). Cabo Bruno vai deixar a prisão após ficar preso por 27 anos. Ele havia sido acusado de 50 assassinatos e foi condenado a 120 anos de prisão. A sentença representa uma condenação de menos de 20 dos 50 homicídios dos quais ele era acusado.

De acordo com o adovogado, o indulto pleno concedido pela Justiça garante que Oliveira recupere seus direitos civis, como a obrigatoriedade de votar nas eleições municipais que vão ocorrer em outubro. Segundo ele, como o processo do ex-policial foi considerado de trânsito em julgado - uma decisão final sem direito a mais recursos – ele havia perdido o direito ao voto.

"Ele tem direito da liberdade desde 2009 porque teve um comportamento exemplar além de trabalhar no presídio. Estou satisfeito com a decisão. O Cabo Bruno morreu. Hoje ele é uma outra pessoa. Hoje, só existe o Florisvaldo", disse Jorge ao G1.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir