Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-08-2012

Greve de funcionários não envolve diplomatas, diz Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores negou na quinta-feira, em nota, que diplomatas tenham aderido à greve que atinge vários setores da pasta.
Greve de funcionários não envolve diplomatas, diz Itamaraty
Foto: midiacon.com.br

O Itamaraty diz ainda que todos os consulados do Brasil no exterior funcionam normalmente. Desde o dia 22, oficiais de chancelaria, assistentes e funcionários de diversos departamentos aderiram à paralisação. Pelos dados do Itamaraty, servem no exterior 428 oficiais de chancelaria e 312 assistentes.

O Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) e o ministério divergem quanto ao número de consulados que estão com as atividades paralisadas - parcial ou totalmente. Para o Sinditamaraty, são 38 em todos os continentes. O Itamaraty informa 26.

De acordo com o sindicato, alguns dos serviços prestados por consulados do Brasil no exterior podem ficar prejudicados, como a emissão de vistos e passaportes e a liberação de documentos, além da legalização de certidões e diplomas para brasileiros interessados em seguir para o exterior.

Não há informação sobre o número de funcionários que aderiram à greve. Os servidores reivindicam garantia de pagamento de subsídios para os oficiais e assistentes de chancelaria quando se aposentam. Atualmente, apenas os diplomatas têm esse direito assegurado.

De acordo com o sindicato, o salário inicial de um oficial de chancelaria é R$ 6,2 mil e o de um assistente, R$ 3,2 mil. Um diplomata em início de carreira recebe cerca de R$ 9 mil. O Sinditamaraty também reivindica a recomposição das perdas salariais dos últimos 25 anos.

O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.

Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.

No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir