Categoria Policia  Noticia Atualizada em 20-11-2012

Após tomada de morros, milícias são desafio para segurança no RJ
A implantação das UPPs em favelas da cidade do Rio de Janeiro foram a principal - e mais efetiva - arma do governo fluminense contra a dominação territorial das facções criminosas.
Após tomada de morros, milícias são desafio para segurança no RJ
Foto: blogdofavre.ig.com.br

No entanto, o Comando Vermelho, os Amigos dos Amigos e o Terceiro Comando Puro, mesmo que enfraquecidos, e com desavenças internas por conta da ocupação, continuam atuando e têm no tráfico de drogas a principal fonte de renda.

"Depois das UPPs eles sofreram um baque, não acabou, mas fragilizou alguma coisa em relação ao comando porque a principal local de concentração do Comando Vermelho era o complexo do Alemão, e com a tomada, isso causou muito prejuízo. O principal local do Amigos dos Amigos (ADA) era a Rocinha, que também foi pacificada, então isso realmente causou um êxodo desses criminosos que estavam ali, então alguns pararam de traficar, aqueles que ainda tinham alguma perspectiva de vida honesta, ou foram traficar em outro lugar", afirma o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, Claudio Varela.

Varela afirma que as ações contra o tráfico nas favelas foram bem-sucedidas porque as forças de segurança combatem essas facções há 30 anos, além do sucesso da implantação das UPPs. Já as milícias se instalam na zona oeste, em bairros onde a população tem um poder aquisitivo um pouco maior. "Elas se instalam nas comunidades, mas é um pouco diferente do tráfico. São bairros que não são favelas."

Segundo ele, as milícias são o grande desafio da investigação policial, porque contam com ajuda de agentes públicos, além de obter seus recursos pode meio de outros crimes. "É mais fácil de se combater com investigação especializada, com todas as formas mais modernas de investigação criminal (...) Estamos tendo bons resultados em relação a este combate", disse, pouco antes de afirmar que desde o início das investidas contra as milícias (em 2007) 700 criminosos já foram presos.

Onda de violência
Desde o início do ano, ao menos 90 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 18 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital houve um crescimento de 102,82% no número de pessoas vítimas de homicídio no mês de setembro (o índice inclui também mortes no trânsito consideradas homicídio doloso), em comparação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a alta foi de 26,71% no mesmo período.



Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir