Categoria Policia  Noticia Atualizada em 20-11-2012

Rebelião no conjunto penal de Juazeiro passa de 24 horas
Mobilização começou na manhã de segunda e permanece nesta terça. Local teve policiamento reforçado. Não há confirmação de feridos.
Rebelião no conjunto penal de Juazeiro passa de 24 horas
Foto: g1.globo.com

Rebelados desde as 7h de segunda-feira (19), os presos do Conjunto Penal de Juazeiro, cidade na região norte da Bahia, mantêm o movimento na manhã desta terça (20). Pelo menos 15 viaturas da Polícia Militar, sendo que uma delas é do Batalhao de Choque, além de duas ambulâncias do Samu e um carro do Corpo de Bombeiros estão nas dependências internas do Conjunto Penal.

Preocupados, os familiares dos detentos passaram a noite aguardando informações sobre o que acontecia dentro do conjunto. "Praticamente a gente não conseguiu dormir, a gente passou a noite sempre olhando, vigiando quem entrava e quem saía, pra saber se tinha saído com alguém doente, pra saber o que está acontecendo e correndo para o muro para ver se eles estavam tocando fogo ainda, porque era o aviso que nós tinhamos. Então a gente estava aqui com medo", relata Dona Ângela, esposa de um dos presos.

Tentativa de negociação
Na tarde de segunda-feira, o juiz da vara de Execuções Penais de Juazeiro, Roberto Paranhos, chegou ao presídio para acompanhar a situação. O diretor do presídio, Manoel Thadeu, e o comandante de policiamento na região norte do estado, coronel Lira, tentam compreender os detentos para chegar a um acordo.

"Eles [presos] não abriram nenhum caminho de negociação até agora. Não dizem o que querem, não apontam nada. Há reféns e há feridos entre eles, mas não sabemos a gravidade. Não há informação de óbito até o momento", afirmou Manoel Thadeu por volta das 21h30.
Ainda na manhã de segunda-feira, o coronel Lira informou ao G1 que a rebelião havia começado quando um preso foi transferido do setor B para o A.

Em alguns momentos do dia foi possível avistar do lado de fora uma fumaça escura que saía de dentro do conjunto penal.

"Eles queimaram colchões, baldes de plástico. Tudo o que eles encontram pela frente eles estão queimando", diz Manoel Thadeu.
Fotos tiradas pelos presos mostram oito detentos que teriam sido feitos reféns e alguns deles estariam feridos.

Segundo a diretoria, a capacidade do conjunto penal é para 300 homens e 48 mulheres, mas abriga mais de 600 pessoas.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir