A revista Psique deste mês aborda o tema de forma bastante ampliada e tentarei aqui simplificar o assunto sem lhe tirar a importância.
Em vários encontros ou seminários com professores, tanto aqui em Marataízes quanto em outros municípios onde fui convidada a falar sobre o estresse ocupacional desses profissionais, atentei-me a fazer um alerta sobre a Síndrome de Burnout, que se instala lenta e progressivamente, avançando no ambiente de trabalho.
A revista Psique deste mês aborda o tema de forma bastante ampliada e tentarei aqui simplificar o assunto sem lhe tirar a importância. O estresse é considerado uma das mais sérias ameaças à saúde e uma reação do organismo que apresenta alterações físicas , psicológicas, comportamentais e cognitivas, comprometendo o desempenho do indivíduo nas variadas facetas do seu processo relacional.
Não é só o excesso de trabalho que produz o estresse negativo. A fragilidade e a inabilidade do indivíduo em lidar com suas emoções pode levá-lo a apresentar tensão, alteração do sono, cansaço, excitação, perda do interesse sexual e também pensamentos obsessivos.
Na primeira fase, ou fase de alerta, pode ocorrer aumento da freqüência cardíaca e respiratória, suor nas mãos e nos pés, palidez, insônia, mudança repentina de humor, esgotamento, irritação. Já na segunda fase, da resistência, o organismo tenta lutar e se adaptar contra os sintomas da primeira fase, porém a capacidade defensiva do organismo sendo menor que a pressão do estresse leva o indivíduo à terceira fase, que é a da exaustão, com sérios adoecimentos.
No professor, a dificuldade de acompanhar as rápidas mudanças de metodologias, da globalização, a desvalorização profissional,má chefia, a insatisfação salarial, a sobrecarga de trabalho, cobranças externas quanto a qualificação para se manter empregado,condições ruins de trabalho e de relacionamento no ambiente laboral, tudo isso leva a uma exaustão emocional , falta de realização, sentimento de incompetência e adoecimento.
Está instalada a Síndrome de Burnout. Faz-se necessário que o professor aprenda a conhecer os seus limites e não tente colocar sobre seus ombros carga maior do que pode suportar, por pressão externa. Uma solução importante seria a presença de psicólogos nas escolas para dar o suporte preventivo que os professores necessitam em suas relações com a escola, alunos, colegas de trabalho, família e comunidade.
Fonte: Redação Maratimba.com
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