Categoria Policia  Noticia Atualizada em 28-12-2012

DNA de assassino será analisado em busca de explicações para massacre
Geneticistas da Universidade de Connecticut planejam examinar o DNA de Adam Lanza para verificar se indícios biológicos podem indicar os motivos que levaram o jovem a matar 20 crianças e sete adultos antes de se suicidar, há duas semanas.
DNA de assassino será analisado em busca de explicações para massacre
Foto: noticias.terra.com

Os pesquisadores não adiantaram detalhes sobre seus planos, mas especialistas ouvidos pelo The New York Times especulam que eles podem procurar por mutações possivelmente associadas a doenças mentais - especialmente aquelas que possam aumentar o risco de violência. As informações são do Huffington Post.

Acredita-se que esse é o primeiro estudo do tipo a ser desenvolvido no mundo. Além de observar o material genético do responsável pelo massacre na escola primária Sandy Hook, os cientistas devem procurar por ocorrências incomuns, como a duplicação - ou eliminação - de genes e mutações inesperadas. O anúncio foi recebido com reserva por alguns especialistas, enquanto outros acreditam que a novidade possa contribuir para o estudo e prevenção de casos semelhantes.

A análise de anomalias genéticas pode ajudar cientistas a melhor compreender os riscos envolvidos e descobrir tratamentos adequados para prevenir tiroteios, de acordo com Arthur Beaudet, professor do Baylor College of Medicine. O psiquiatra Harold Bursztajn, da Universidade de Harvard, porém, questiona o que os pesquisadores pretendem encontrar agora.

"Levando em consideração o quão ampla teria de ser a rede jogada, e dados os problemas de falsos positivos nos testes, é muito mais provável que obtenhamos indicadores enganosos - que, mais tarde, se mostrariam falsos - enquanto se estigmatiza um grande grupo de pessoas", afirmou Bursztajn à ABC News.

Independente dos resultados do estudo, os pesquisadores da Universidade de Connecticut terão o desafio de tentar descobrir informações conclusivas sem dados suficientes para fazer uma comparação adequada entre problemas mentais, DNA e predisposição para assassinatos. "O problema é que pode haver um componente genético, mas não temos uma amostra grande o suficiente", informou o doutor Heidi Tissenbaum, da Universidade de Massachusetts. "Penso que isso é muito maior do que uma simples resposta genética: é uma interação entre genética e ambiente."

Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir