Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-01-2013

Turistas esquecem chaves, celulares e até prótese de perna em shopping
Documentos e guarda-chuvas são os itens mais perdidos em Santos. Cachorro, carrinho de bebê e dinheiro também foram encontrados.
Turistas esquecem chaves, celulares e até prótese de perna em shopping
Foto: g1.globo.com

Em locais com muito movimento, é comum as pessoas perderem objetos por algum descuido. Em um shopping de Santos, no litoral de São Paulo, o setor de ‘Achados e Perdidos’ guarda histórias curiosas sobre itens esquecidos por clientes e turistas que passam pelo local. O número de itens bizarros encontrados sobe durante o verão, quando milhares de turistas passam pela região.

Trabalhando há 11 anos no departamento, Suddely Christina Broni Abass, supervisora administrativa do shopping, acha curioso a variedade de itens esquecidos dentro do estabelecimento. "O mais inusitado foi o caso de uma prótese de perna que esqueceram e um cachorrinho que compraram, mas não levaram. Na época nós tínhamos um pet shop, e acabaram esquecendo o filhote dentro de uma caixa, perto de um banco", conta. Um fato curioso é que o dono da prótese não retornou para buscar o pertence. "Ele não apareceu! (risos). A prótese ficou aqui. Depois a gente fez uma doação para a Casa da Criança", completa.

Suddely lembra de outros objetos ‘diferentes’ deixados por pessoas que passam pelo shopping. "Teve um carrinho de bebê. Se você está com uma criança, como você vai embora sem o carrinho? Já aconteceu de uma senhora, que iria viajar, esquecer a bolsa dentro do carrinho do supermercado no estacionamento do subsolo. Um funcionário nos entregou e lá tinha notas de euro, dólar, uma quantia muito alta de dinheiro. Conseguimos entrar em contato e ela veio retirar. Ela ficou muito grata e ficamos felizes por poder ajudar", comemorara.

No shopping já foram deixadas desde chaves até muletas e cadeira de rodas, mas, os líderes em objetos esquecidos por clientes e turistas estão os documentos e telefones celulares.

"Documentos de identidade, como RG e CPF estão no topo do ranking. É o que as pessoas mais perdem. Em segundo vem os celulares e depois os guarda-chuvas", disse Suddely.

A supervisora explicou que os documentos ficam por 45 dias no local e, depois, são encaminhados para órgãos oficiais responsáveis. Já outros tipos de peças ficam por até 30 dias e depois seguem para doação. De acordo com ela, as mulheres são as que mais esquecem objetos no estabelecimento. "As pessoas deixam os pertences mais na praça de alimentação e no banheiro. Principalmente as mulheres. No banheiro feminino elas esquecem tudo! Vai de um simples grampo, arco de cabelo, até bolsas que levam tudo dentro".

Suddely ressalta que o período onde mais o setor de ‘achados e perdidos’ fica cheio é durante as férias escolares, já que as pessoas carregam mais objetos e o movimento é maior. Nesta época de festas, o preferido dos ‘esquecidinhos’ é o cartão do banco. "Tem bastante coisa pequena que deixam aqui nesse período. Cartão de banco é o que as pessoas esquecem muito, já que é um índice muito grande de consumo. Então, perdem muito. Nessa época é o índice maior", explica.

Lado social
Após o período destinado para a recuperação dos objetos perdidos, as peças não resgatadas no shopping são doadas para instituições de caridade. A supervisora falou sobre o lado social do ‘achados e perdidos’. "Temos um lado especial em fazer a parte social. As peças que ficam conosco há mais de 40 dias nós doamos a instituições de caridade. Nos casos dos óculos, como tem um número muito grande, nós entregamos para o Lar das Moças Cegas. Sempre que temos um número expressivo de objetos, nós doamos", explica.

Uma dessas doações foi marcante para Suddely. "A gente fez uma entrega na época, em uma área na periferia de Santos que pegou fogo. Toda aquela roupa que a gente tinha aqui, nós lavamos e fizemos essa doação para o fundo de solidariedade", lembra.

Para ela, ter esse lado social é gratificante. "Você vê peças que ficam 40 dias aqui paradas e, de repente, como aconteceu há alguns anos, ter uma quantidade grande de pessoas que precisavam. Uma comunidade imensa que necessitou e pudemos doar. Vimos a alegria das pessoas que receberam aquelas peças. É uma gratificação. Ficamos contentes de poder repassar para pessoas que precisam", finaliza.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir