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Mensalão é "muito maior", diz procurador-geral da República
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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira (10) que o esquema do mensalão é “muito maior” do que aquele que foi analisado pelo STF no segundo semestre do ano passado.
Foto: chicoterra.com Gurgel também disse não ter visto motivos para acreditar na participação de Lula no esquema e que o pivô do escândalo, Marcos Valério, tentou melar o julgamento do processo no STF.
O procurador-geral afirmou que o mensalão foi "muito mais amplo, do que aquilo que acabou sendo objeto da denúncia" analisada pelos ministros.
— O que constou da denúncia foi o que foi possível provar, com elementos razoáveis para dar a base [a ela].
Na entrevista, Gurgel afirma que o principal desafio era provar a participação e as responsabilidades do núcleo político no esquema.
Segundo ele, o ex-ministro José Dirceu batia o martelo no caso de um acordo com um determinado partido. De acordo com Gurgel, esse núcleo era cuidadoso, a ponto de não deixar vestígios ou "provas diretas, como disse.
Quanto a uma suposta participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão, Gurgel afirma que não encontrou elementos que comprovassem que ele teria contribuído com o esquema de compra de votos.
— Em relação ao presidente, precisaria ter a prova mais que robusta porque seria uma irresponsabilidade denunciar um presidente. É muito mais difícil.
O procurador-geral disse ainda que Marcos Valério tentou melar o esquema, sobretudo com o depoimento que deu em setembro ao MPF (Ministério Público Federal), em que fez denúncias contra o ex-presidente Lula.
— Percebi claramente que se fôssemos admitir qualquer tipo de elemento de prova adicional, teríamos que anular o início do julgamento e reabrir a instrução criminal. Aquilo significava em português claríssimo melar o julgamento.
Segundo previsão do procurador-geral da República, os condenados pelo STF por participação no esquema do mensalão deverão iniciar o cumprimento das penas — o que inclui a prisão de alguns deles — daqui a um ano.
Fonte: noticias.r7.com
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Por:
Maratimba.com |
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