Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-01-2013

Congresso não aprovará proibição a armas de assalto, diz lobby dos EUA
Segundo presidente da Associação Nacional de Rifles, não há votos suficientes para aprovar medida; Obama apresentou na quarta proposta para coibir violência armada.
Congresso não aprovará proibição a armas de assalto, diz lobby dos EUA
Foto: ultimosegundo.ig.com.br

Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês), um dos principais grupos americanos de lobby de armas, afirmou que o Congresso não tem votos suficientes para aprovar a proibição de armas de assalto . A afirmação foi feita enquanto o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, reunia-se com parlamentares antes de entregar no dia 14 ao presidente Barack Obama um conjunto de propostas contra a violência armada.

Com base nas recomendações, o líder americano anunciou na quarta o maior esforço em duas décadas para coibir a violência armada nos EUA com um pacote de US$ 500 milhões (R$ 1,021 bilhão) apenas um mês depois de um atirador deixar 26 mortos em uma escola em Connecticut.

A NRA tem impedido a aprovação de outra proibição a armas de assalto como a que expirou em 2004. Mas alguns legisladores disseram que o ataque na escola primária de Sandy Hook em 14 de dezembro, quando um jovem armado com um rifle de alta potência comprado legalmente matou 20 crianças e seis adultos, transformou o debate e que os americanos estão prontos para leis de armas mais rigorosas.

A NRA, que normalmente pune legisladores que não estão de acordo com seu ponto de vista, discordou.

"Se um presidente tem todo o poder de seu cargo e está disposto a gastar capital político, não se podem fazer previsões", disse David Keene, presidente da NRA, à CNN no domingo de 13 de janeiro. "Não é uma boa aposta. Mas diria que a probabilidade é que não consigam proibir as armas de assalto com esse Congresso."

Enquanto isso, senadores planejam introduzir um projeto de lei que proibiria armas de assalto e limitaria o tamanho dos compartimentos de munição. A senadora democrata Dianne Feinstein prometeu se esforçar para que a proibição de armas de assalto seja colocada em vigor.

O senador republicano John McCain respondeu com um "não" quando questionado na rede de televisão CBS se o Congresso aprovaria uma proibição às armas de assalto.

O senador democrata Joe Manchin, membro vitalício da NRA, afirmou que tudo deveria ficar muito claro para evitar outra tragédia. Mas ele garantiu aos proprietários de armas que lutará por seus direitos.

"Gostaria de dizer a todos os meus amigos da NRA que farei meu melhor, e garanto que não haverá uma intervenção contra a Segunda Emenda" que garante o porte de armas na Constituição, disse Manchin à rede de televisão ABC.

A NRA e outros grupos pró-armas insistem que o controle de armas é conflitante com a garantia da Segunda Emenda, enquanto outros afirmam que os fundadores do país há mais de dois séculos não tinham como imaginar os tipos de armas de alta potência que eventualmente seriam criadas.

A NRA utilizou seu poder político para gastar pelo menos US$ 24 milhões nas eleições de 2012 . Separadamente, a a organização gastou cerca de US$ 4,4 milhões desde 1º de julho para pressionar o Congresso.

Keene disse que o grupo representa seus membros, e não apenas fabricantes de armas, embora tenha dito que a NRA gostaria que a indústria contribuísse com mais dinheiro para a associação. "Sabemos o que funciona e o que não", disse. "E não estamos dispostos a comprometer os direitos das pessoas quando não há nenhuma evidência de que isso cumprirá tal propósito."

Em vez disso, a NRA está pressionando por medidas que deverão manter as armas longe das mãos de doentes mentais.

Atualmente, um indivíduo é proibido de comprar uma arma de um negociante licenciado se é um fugitivo, criminoso, condenado por abuso de substâncias, acusado de violência doméstica, vive nos EUA ilegalmente ou se "foi julgado como sendo portador de uma deficiência mental ou que tenha sido submetido a qualquer instituição mental".

Diferentes Estados, no entanto, são inconsistentes na prestação de informações sobre os portadores de doenças mentais para o governo federal para verificação de antecedentes. A associação não-governamental Campanha Brady Contra Violência de Armas disse que cerca de 40% das vendas de armas acontecem sem a verificação de antecedentes, muitas vezes em feiras de armas ou por meio de vendedores privados na Internet ou em anúncios classificados.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir