Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-01-2013

Coreia do Norte faz ameaças contra Seul em nova ofensiva
A Coreia do Norte ameaçou nesta sexta-feira tomar "medidas físicas" contra a Coreia do Sul e considerou uma "declaração de guerra" as recentes sanções da ONU, em uma nova ofensiva do país comunista após anunciar um próximo teste nuclear.
Coreia do Norte faz ameaças contra Seul em nova ofensiva
Foto: www.portugues.rfi.fr

O regime "tomará fortes medidas físicas" contra a Coreia do Sul se o país participar ativamente das sanções que na terça-feira foram impostas pelo Conselho de Segurança, indicou o norte-coreano Comitê para a Reunificação Pacífica da Pátria em comunicado.

A declaração, divulgada pela agência estatal "KCNA", classifica as sanções como "uma declaração de guerra", com as quais as Nações Unidas castigaram o recente lançamento de um foguete de longo alcance do militarizado país comunista ao considerá-lo um teste ilegal de mísseis.

A Coreia do Norte, que nesta semana já descartou qualquer tentativa de retomar as conversas sobre sua desnuclearização, especificou que não negociará com o governo da Coreia do Sul - ao qual se referiu, em sua retórica habitual, como "grupo de traidores"- enquanto mantenha sua "política hostil" com relação ao país vizinho.

A resolução 2087 adotada na terça-feira pelo Conselho de Segurança impõe o congelamento de ativos de seis instituições e quatro indivíduos norte-coreanos, e gerou duras respostas do regime de Kim Jong-un, entre elas a ameaça de um novo teste nuclear e mais lançamentos de foguetes.

O regime afirmou na quinta-feira que estas ações "estarão focalizadas aos EUA", o que colocou a Coreia do Norte no foco da atenção mundial e foi contestado um dia depois pelo secretário de Defesa de Washington, Leon Panetta, que assegurou que Washington está "totalmente preparado" para lidar com qualquer tipo de provocação norte-coreana.

Panetta elevou o dilema de Pyongyang de negociar questões de interesse para a comunidade internacional ou continuar com seu "comportamento provocativo".

Por sua vez, a China, aliada histórica da Coreia do Norte, chamou oficialmente às partes a buscarem uma solução dialogada que garanta a estabilidade na península coreana, embora também tenha dado indícios sobre possíveis medidas contra seu parceiro comunista do Nordeste da Ásia se realizar o anunciado teste atômico.

"Se a Coreia do Norte realizar mais testes nucleares, a China não duvidará em reduzir sua assistência ao país", indicava nesta sexta-feira um editorial do jornal chinês "Global Times", de financiamento estatal e próximo ao governante Partido Comunista.

Em um movimento incomum, Pequim votava na terça-feira a favor das sanções contra Coreia do Norte no Conselho de Segurança, o que abriu incertezas sobre o futuro da tradicional amizade que une ambos os países.

Em todo caso, a disposição do regime norte-coreano em realizar um novo teste atômico ficou patente depois que os serviços de inteligência da vizinha Coreia do Sul revelassem que na base de Puggye-ri, ao norte do país, os preparativos para a detonação parecem concluídos.

Imagens de satélite mostram o túnel que supostamente foi cavado para a prova e este já estava equipado com todas os dispositivos necessários, o que levou os especialistas a afirmarem que a ação poderia ser feita "em questão de dias".

O Ministério da Defesa sul-coreano acredita que a Coreia do Norte poderia utilizar em seu próximo teste nuclear, urânio altamente enriquecido no lugar de plutônio como nos dois anteriores, o que indicaria que o país alcançou um novo modo de fabricar armas atômicas.

Pyongyang realizou um primeiro teste nuclear em outubro de 2006 e um segundo em 2009, que foi seguido pelo lançamento fracassado do foguete de longo alcance Eunha-2.

Este último projétil é o antecessor do Eunha-3, quando em 12 de dezembro o país comunista conseguiu colocar em órbita seu primeiro satélite entre a condenação da comunidade internacional.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir