Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-01-2013

Protestos marcam o 2º aniversário do início da revolução egípcia
O segundo aniversário do início das manifestações massivas da Primavera Árabe no Egito é marcado por violentos protestos da oposição e choques com policiais.
Protestos marcam o 2º aniversário do início da revolução egípcia
Foto: www.jn.pt

Nesta sexta-feira, o governo egípcio divulgou um alerta vermelho para que partidários da Irmandade Muçulmana tomem medidas de segurança para proteger a sedes da coalizão, atacadas em protestos passados. Centenas de pessoas tomaram as principais cidades do Egito e a icônica Praça Tahrir, em um ato que reflete a insatisfação com o governo de Mohamed Mursi.

No Cairo, jovens jogaram coquetéis molotov e pedras contra forças de segurança, que responderam com gás lacrimogêneo. Eles tentavam remover blocos de concreto que impediam o acesso a prédios públicos nos arredores da Praça Tahrir. Segundo o Ministério da Saúde egípcio, ao menos 16 pessoas ficaram feridas, incluindo três que foram hospitalizadas.

Manifestantes também atacaram uma sede da Irmandade Muçulmana em um subúrbio do Cairo, mas foram afastados pela polícia. Eles planejam uma marcha que terminará na frente do palácio presidencial Ittihadia. Para evitar conflitos, partidários do governo não convocaram passeatas e se concentram em proteger suas sedes políticas.

Apesar da posição retraída, o governo já alertou que não vai tolerar violência nas ruas.

O vice-presidente da Irmandade Muçulmana, Mahmud Ezzat, advertiu nesta sexta-feira que seu grupo não vai "aceitar e evitará qualquer tentativa de semear o caos". Em discurso na quinta-feira, o presidente Mohamed Mursi acusou manifestantes da oposição de estarem sendo liderados por "remanescentes do antigo regime".

No dia 25 da janeiro de 2011, a Praça Tahrir foi palco das primeiras manifestações massivas contra a ditadura de Hosni Mubarak, que governava desde 1980. O protesto pacífico foi alvo da repressão das forças de segurança egípcias, deixando três mortos e milhares de presos. A partir desta data, o governo também bloqueou o Twitter, usado na comunicação dos manifestantes.

Mubarak deixou o poder em 11 de fevereiro, após 18 dias de pressão e violência nas ruas.

Ele está preso e sendo processado por responsabilidade na morte de ao menos 850 manifestantes na revolução egípcia. Após a queda do ditador, Mohamed Mursi foi eleito como novo presidente do Egito, mas não tem agradado uma grande parcela da população.

Fonte: br.noticias.yahoo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir