Categoria Policia  Noticia Atualizada em 30-01-2013

Polícia começa a entregar pertences de vítimas da tragédia a familiares
Incêndio em boate matou 235 pessoas em Santa Maria no domingo. Pertences começaram a ser entregues aos familiares nesta quarta.
Polícia começa a entregar pertences de vítimas da tragédia a familiares
Foto: g1.globo.com

Familiares das vítimas do incêndio na boate Kiss começaram a retirar na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria nesta quarta-feira (29) os pertences deixados na casa noturna na noite da tragédia que matou 235 pessoas no último domingo (27). Pela manhã, policiais catalogaram o material, que foi identificado por nomes.

Segundo o delegado Sandro Meinerz, que participa da investigação, somente será entregue o que estava dentro de bolsas e o que pode ser identificado pelos policiais. Celulares que ficaram jogados no local não serão entregues. A Polícia Civil solicitou perícia da Polícia Federal nos aparelhos, já que os aparelhos podem reunir fotos ou vídeos do show da banda Gurizada Fandangueira que ajudariam a polícia a esclarecer como a boate pegou fogo.

Um dos que procuraram a câmera fotográfica da filha foi o empresário Adherbal Alves Ferreira, que perdeu Jennifer, de 22 anos. Ele veio acompanhado do filho, Jonhatan, que não estava na boate na noite e reconheceu o corpo da irmã. Ele estava sob efeito de medicação, mas mesmo assim, chorava e se emocionava ao lembrar da filha.

"Ela era apaixonada por animais. Uma menina doce, meiga, com um futuro pela frente. Inteligente, me ajudava na empresa. Ela que mandava em todos nós", diz ao G1 Ferreira. Jennefer estudava psicologia.

O celular da vítima foi encontrado pelo pai com uma mensagem para uma amiga por volta da 1h50 da manhã, avisando que ela estava em uma parte da boate e que precisava encontrar a amiga. O pai acredita que a mensagem tenha sido enviada momentos antes do incêndio.

Ferreira saiu do local sem a câmera, que será periciada pela PF antes de ser entregue aos familiares. O pai de uma garota, emocionado, chegou a gritar na delegacia, alegando que precisava ao menos ver o celular da filha e de etiquetar. Os delegados negaram acesso ao material, pois estava solto.

"Eu entendo a sua dor, mas o senhor quer que o caso seja esclarecido? Precisamos da máquina, tenha certeza de que tudo será devolvido aos familiares, garantimos isso", afirmou ao pai o delegado regional Marcelo Arigony, ao ver o pai desesperado. Em alguns casos, a polícia irá reter o material e só entregar na próxima semana, informaram policiais civis.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir