Categoria Policia  Noticia Atualizada em 31-01-2013

Justiça condena mais três PMs pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli
As penas vão de 22 anos e 6 meses a 26 anos de prisão. Outros sete PMs suspeitos de participação na morte da juíza ainda aguardam julgamento.
Justiça condena mais três PMs pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli
Foto: g1.globo.com

No Rio de Janeiro, a Justiça condenou na quarta-feira (30) três policiais militares pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011.

A sentença foi lida por volta das 21h30. O cabo Jefferson de Araújo Miranda pegou 26 anos de prisão. Já o cabo Jovanis Falcão, 25 anos e 6 meses. Os dois foram condenados por formação de quadrilha e homicídio triplamente qualificado: assassinaram a juíza Patrícia Acioli em uma emboscada, por motivo fútil, para ocultar crimes anteriores dos policiais.

Já o soldado Júnior Cesar Medeiros, acusado pelo Ministério Público de ser o braço financeiro da quadrilha, recebeu a sentença de 22 anos e 6 meses de prisão. Os advogados de defesa dos três PMs recorreram da decisão.

A juíza Patricia Acioli foi brutalmente assassinada a tiros na porta de casa, em Niterói. A magistrada atuava em processos contra policiais militares do Batalhão de São Gonçalo suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e de forjar autos de resistência - quando há mortes durante confrontos.

Um PM que confessou ter atirado nela já foi condenado a 21 anos de prisão, em dezembro do ano passado.

Foram dois dias de julgamento com 16 testemunhas ouvidas. Para a família de Patrícia Acioli, a Justiça começou a valer, mas ainda há muito a ser feito. "A gente não esquece e vai continuar pressionando para que sejam marcados os próximos julgamentos", afirma a irmã da juíza.

Outros sete PMs suspeitos de participação na morte da juíza ainda aguardam julgamento. Mas, de acordo com a promotoria, isso dificilmente deve acontecer este ano. Os policiais recorreram ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

"Não é possível que um fato como esse se repita. O Estado, fardado, cometendo o crime contra servidores que cumprem o dever e defendem a Justiça", afirma Técio Lins e Silva, advogado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir