Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-02-2013

SC: paralisação de ônibus após onda de atentados causa tumulto
Usuários do transporte coletivo de Florianópolis se revoltaram contra a paralisação dos ônibus e causaram tumulto na madrugada deste sábado diante do Terminal Central da cidade (TICEN).
SC: paralisação de ônibus após onda de atentados causa tumulto
Foto: noticias.terra.com.br

Os motoristas e cobradores decidiram parar as atividades às 22 horas devido à onda de atentados que vem sendo registrada na capital catarinense nos últimos três dias. A sexta-feira foi marcada pela abertura do Carnaval em Florianópolis, com o bloco do Berbigão do Boca. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 50 mil pessoas passaram pelo Centro Histórico da cidade ao longo da festa.

A paralisação revoltou usuários que se deslocaram até o centro para participar do evento. Muitos invadiram a faixa de pedestres diante do TICEN e impediram a passagem de veículos. Cerca de 30 pessoas sentaram na na avenida Paulo Fontes como forma de protesto.

A tropa de choque precisou ser chamada para conter a situação. Pelo menos oito viaturas passaram a fazer a segurança do terminal. Os passageiros precisaram recorrer a caronas e táxis para voltar para casa, e muitos passaram a madrugada dormindo em calçadas.

Gabriel Piassetta, 23 anos, participou do protesto e estava revoltado com a paralisação do transporte coletico. "A Lei Seca vem com rigor e decidi deixar o carro em casa e vir à festa de ônibus. O que acontece? Os ônibus deixam de circular", desabafou. "Bandidos incendeiam ônibus e, enquanto isso, as autoridades estão curtindo a festa em camarotes", completou.

O aposentado Claudiomiro Celtz, 69 anos, disse que a paralisação o pegou de "surpresa". Ele culpou o governo do Estado pelos atentados e afirmou que teria que esperar amanhecer para ir embora. "Vim ver o Berbigão do Boca e tentei ir embora às 22h30. Como vou ficar no centro até amanhecer? Tenho R$ 20 apenas", afirmou.

O tenente-coronel Araújo Gomes, da PM catarinense, destacou que os militares teriam reforçado a segurança na cidade durante a madrugada e lamentou a tensão no terminal de passageiros.

"Tivemos realmente uma situação muito crítica no terminal devido à paralisação dos ônibus em decorrência de uma posição no sindicato dos trabalhadores". disse. "A PM está presente e somos os primeiros a chegar e os últimos a sair para garantir a segurança da população".

Devido aos ataques, os ônibus só voltam a circular em Florianópolis no início da manhã do sábado. Nas útlimas 48 horas, foram ao menos 13 ataques registrados no Estado, com um ferido grave e pelo menos 12 pessoas presas.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir