O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste sábado que ainda "há margem para a negociação" com o Irã a respeito de seu programa nuclear, mas acrescentou que Teerã deve tomar a iniciativa para retomar o diálogo.
Foto: noticias.terra.com.br Biden fez estas declarações durante seu discurso na Conferência de Segurança de Munique (MSC), uma das reuniões de referência em nível global em matéria de Defesa e Relações Exteriores, que desde ontem e até amanhã debate principalmente as guerras no Mali e na Síria e o programa nuclear iraniano.
"Ainda há margem para a negociação, mas a bola está no telhado do Irã", declarou o vice-presidente americano, que destacou que Teerã tem agora a oportunidade de reiniciar conversas multilaterais.
Biden acrescentou que a Administração do presidente Barack Obama deu ao Irã "a oportunidade de explicar" à comunidade internacional suas intenções com seu programa nuclear, mas que é conhecido "o caminho que seguiu" Teerã.
Assinalou a este respeito que a política de Washington neste assunto não é de "contenção", mas de "prevenção", porque o objetivo dos EUA é que o Irã "não obtenha armas nucleares".
Se o Irã persistir em sua atual linha, a única coisa que conseguirá será "mais pressão" e "mais isolamento" como resposta por parte da comunidade internacional, além das "mais robustas sanções (econômicas) da história" que já se impuseram sobre o país.
Com relação à Síria, Biden assegurou que o Governo americano está "convencido" que o presidente sírio Bashar al Assad é "um tirano" que "já não está capacitado para seguir governando".
O vice-presidente se disse consciente da situação que está vivendo a população síria e que a Administração Obama sabe da "responsabilidade que a comunidade internacional tem com eles".
Biden indicou que, entre as reuniões bilaterais que vai realizar hoje haverá uma com os líderes da oposição síria, a quem antecipou que podem seguir contando com o "apoio" americano.
No total, participarão da conferência 90 delegações nacionais, aproximadamente uma dúzia de chefes de Estado, 70 ministros das Relações Exteriores e Defesa, e 60 diretores executivos de grandes empresas.
Fonte: noticias.terra.com.br
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