Categoria Policia  Noticia Atualizada em 21-02-2013

Paciente escreve bilhete e diz que houve tentativa de morte em UTI
M�dica do Hospital Evang�lico, em Curitiba, foi presa suspeita de mortes. Advogado disse que n�o h� provas contra Virg�nia Soares.
Paciente escreve bilhete e diz que houve tentativa de morte em UTI
Foto: g1.globo.com

Uma paciente que ficou internada na UTI do Hospital Evang�lico, em Curitiba, em dezembro de 2012, pediu aos familiares para sair do local. Segundo a fam�lia, a mulher internada escreveu um bilhete fazendo a solicita��o. "Eu preciso sair daqui, pois tentaram hoje me matar desligando os aparelhos", diz um trecho. A paciente contou ao G1 que, quando ainda estava entubada, escutou algu�m mandando desligar o aparelho. "Era 8h da manh�, a m�dica [Virg�nia Soares de Souza, presa na ter�a-feira (19)] disse que queria ver se eu aguentava at� as 16h. Mas, assim que ela deu as costas, a enfermeira colocou o respirador e disse que n�o deixaria que fizessem isso comigo".

Trechos de grava��es do depoimento prestado pela m�dica Virg�nia Soares Souza, indiciada por homic�dio qualificado contra pacientes da UTI do Hospital Evang�lico de Curitiba, foram obtidos com exclusividade pela RPC TV. Nas transcri��es, ela afirma que foi mal interpretada por falas como "Quero desentulhar a UTI que est� me dando coceira". A frase teria sido dita pela m�dica, mas a origem da grava��o n�o foi informada pela pol�cia.

O advogado da m�dica, Elias Mattar Assad, disse que teve acesso a parte do inqu�rito e que n�o h� provas contra Virg�nia Soares. "Nas v�rias certid�es de �bito de pessoas que teriam morrido, nenhum dos atestados foi firmado pela minha cliente. Todos as certid�es tamb�m tinham laudos do IML atestando as mortes como sendo ou de causas acidentais ou naturais", ressaltou o advogado.

A m�dica Virg�nia Soares de Souza, que dirigia o setor de UTI do hospital, foi presa em uma opera��o que investiga uma s�rie de mortes na UTI do segundo maior hospital da cidade. A m�dica prestou depoimento na tarde de ter�a-feira, mas o conte�do n�o foi divulgado em virtude do sigilo.

A delegada do N�cleo de Repress�o aos Crimes Contra a Sa�de (Nucrisa) de Curitiba, Paula Brisola, indiciou a m�dica Virg�nia Soares de Souza pelas mortes ocorridas na UTI do hospital. Para a pol�cia, se trata de homic�dio qualificado, porque as pessoas n�o tinham chance de se defender.

Em nota, a dire��o do Evang�lico disse que o caso � pontual e ocorreu em uma das quatro UTIs do hospital, na qual toda a equipe foi substitu�da. Reiterou tamb�m que os mais de 300 m�dicos do Evang�lico n�o devem ser julgados pela atitude de uma funcion�ria, e que o atendimento em todos os setores do hospital seguem sendo feitos normalmente.

"Escrevi o bilhete para a minha filha porque eles tentavam me matar", afirmou. De acordo com o relato da paciente, a m�dica tinha um "comportamento extraordin�rio de horr�vel". A paciente contou que a m�dica gritava com a equipe de enfermagem.

A paciente disse que, ap�s fazer uma cirurgia grande e levar v�rios pontos, a m�dica ordenou que a colocassem em uma cadeira, onde ficou sentada o dia inteiro. "Por causa disso, fiquei com h�rnia, estava com a barriga cheia de ponto, eu n�o podia ficar sentada".

Ela ainda disse que em um outro dia, escutou um rapaz dizendo para ver se ela iria aguentar ficar o dia todo fora do respirador. "Eu estava com a traqueo [traqueostomia] e chorava cada vez que ele mexia nos aparelhos. Eu falava que n�o queria morrer porque tenho filhos para cuidar".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir