Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-02-2013

Damasco sofre 2º maior atentado em 2 anos de rebelião
Pelo menos 53 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba ocorrida ontem nas proximidades da sede do partido governista Baath, no centro de Damasco, informa a televisão estatal síria.
Damasco sofre 2º maior atentado em 2 anos de rebelião
Foto: diariodonordeste.globo.com

Foram registrados pelo menos três ataques no coração da cidade ontem. Uma segunda explosão ocorreu num outro bairro e morteiros explodiam perto do Comando Geral do Exército Sírio. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, informou que 61 pessoas foram mortas na explosão do carro, a maioria civis.

Se forem confirmadas as 61 mortes, este será o mais mortífero atentado perpetrado em Damasco desde o início da rebelião armada na Síria, quase dois anos atrás. Em maio, um duplo atentado suicida na capital síria matou 55 pessoas.

A Coalizão Nacional Síria, o principal grupo opositor do país, declarou que os que estão por trás da explosão do carro-bomba são "terroristas". Em sua página no Facebook, o grupo destacou que "quaisquer atos contra civis que resultem em assassinato e violações dos direitos humanos são ações criminosas e devem ser condenadas, independentemente de quem os realizou ou dos motivos".

Um dos feridos na explosão ocorrida nas proximidades da sede do Baath foi Nayef Hawatmeh, líder da Frente Democrática para a Libertação da Palestina. Hawatmeh sofreu ferimentos leves nas mãos e no rosto ao ser atingido por estilhaços de vidro, disseram funcionários palestinos. Seu escritório funciona a cerca de 500 metros do local da explosão do carro-bomba, no centro de Damasco.

Rashid Qweider, funcionário do escritório de Hawatmeh, disse que o líder palestino foi atendido num hospital após a explosão do veículo.

Diplomacia

No campos diplomático, a Coalizão Nacional da Síria iniciou ontem um encontro de dois dias no Cairo para debater a oferta feita pelo líder do grupo sobre manter negociações diretas com o regime do país, afirmou Khaled Nasser, delegado na reunião.

"A agenda é longa e, entre as questões a serem discutidas, está a iniciativa de Ahmed Moaz al-Khatib", afirmou Nasser.

O líder da coalizão ofereceu negociar com os oficiais do governo do presidente Bashar al Assad que "não tenham sangue emsuas mãos" - citando o vice-presidente Faruq al-Sharaa como possível referência para as conversas. O governo de Assad declara-se pronto para negociar com a oposição, mas sem condições prévias. A iniciativa de Khatib foi bem recebida pela Liga Árabe e pelos EUA, assim como pelo Irã e Rússia.

Fonte: diariodonordeste.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir