Categoria Economia  Noticia Atualizada em 02-03-2013

Desemprego na zona do euro chega a 11,9%
Neste m�s, o n�mero de desempregados chegou a quase 19 milh�es nos pa�ses do euro.
Desemprego na zona do euro chega a 11,9%
Foto: noticias.band.uol.com.br

Quase 19 milh�es de pessoas estavam desempregadas na zona euro em janeiro, 11,9% da popula��o ativa, em um novo recorde agravado pelos dados da Gr�cia, It�lia e Espanha. Os novos dados p�em em d�vida as pol�ticas de austeridade impulsionadas pela Alemanha para sair da crise.

"Isso � uma trag�dia para a Europa", disse o porta-voz Jonathan Todd. Ele ainda exortou os pa�ses europeus a "mobilizar todos os instrumentos" que tenham ao alcance para combater este flagelo, que atinge, sobretudo, os mais jovens.

No conjunto dos 17 pa�ses da zona do euro, 11,9% das pessoas estava desempregada no primeiro m�s deste ano, em compara��o com os 11,8% registrados em dezembro de 2012, informou o escrit�rio de estat�sticas europeias Eurostat.

Os dados refletem um aumento de 1,1 ponto percentual em rela��o ao mesmo m�s do ano passado (10,8%), acrescentou.

Os n�meros parecem confirmar os sombrios progn�sticos deste ano para a zona do euro divulgados na semana passada pela Comiss�o Europeia (CE), que estimou um desemprego de 12% em 2013.

Na Espanha, a quarta economia da uni�o monet�ria, o desemprego voltou a aumentar a 26,2% em janeiro, quando em dezembro tinha registrado 26,1%. Os dados s�o catastr�ficos para os mais jovens: 55,5% dos menores de 25 anos estavam desempregados no pa�s, informou a Eurostat.

J� na Gr�cia, o desemprego foi de 27% em novembro), informou a Eurostat.

Os n�meros se mantiveram est�veis na Alemanha e Luxemburgo (5,3%), em rela��o a dezembro, apesar do desemprego ter aumentado a 4,9% na �ustria em janeiro.

Austeridade e a crise social

As estat�sticas foram divulgadas em um momento de cr�ticas cada vez maiores �s medidas de austeridade impulsionadas por Bruxelas sob press�o dos pa�ses de maior solv�ncia econ�mica, qualificados com triplo "A", como Alemanha, para sair da crise da d�vida.

Os economistas alertam que a estrat�gia de cortes em tempos de recess�o � a menos indicada, j� que eventualmente a agrava. Muitos citam John Maynard Keynes, que h� 75 anos afirmou: "o auge econ�mico, e n�o a crise, � o momento adequado para a austeridade".

Um desemprego muito alto tamb�m impacta todos os componentes da economia, entre eles o consumo, um dos motores do crescimento, alertaram.

"Sobretudo quando o poder de compra est� baseado em sal�rios que n�o registram mais aumentos e por pa�ses submetidos a um duro programa de austeridade", considerou Howard Archer, economista de IHS Global Insight.

A austeridade voltou ao centro das aten��es esta semana, ap�s as elei��es legislativas na It�lia, em que o candidato contra a austeridade, Beppe Grillo, se transformou na terceira for�a pol�tica do pa�s e provavelmente na chave de um futuro governo.

Contudo, a cruzada da Alemanha a favor da austeridade n�o ter� fim no momento devido � proximidade das elei��es legislativas no pa�s, em que a chefe do governo atual, Angela Merkel, disputa seu terceiro mandato.

"Infelizmente, n�o est� prevista uma mudan�a de tend�ncia. Apesar de a zona do euro sair da recess�o este ano, o mercado de trabalho deve continuar sendo afetado durante boa parte do ano ou durante todo 2013", estimou Martin van Vliet, economista de ING.

Os ministros europeus de Trabalho adotaram na quinta-feira em Bruxelas uma proposta para fomentar o emprego entre os mais jovens.

Nesse contexto, aumentam as cr�ticas contra a lentid�o de Bruxelas para estimular pol�ticas que ajudem a cria��o de emprego, e n�o a sua destrui��o. No conjunto da Uni�o Europeia (UE), o desemprego tamb�m aumentou, atingindo a cifra recorde de 10,8%.

"O estado de bem-estar europeu entra em colapso", afirmou o ministro franc�s Michel Sapin.

Fonte: noticias.band.uol.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir