Categoria Geral  Noticia Atualizada em 06-03-2013

Promotoria parte para o ataque no julgamento de Bruno
O Minist�rio P�blico Estadual (MPE) vai tentar convencer os jurados do julgamento do goleiro Bruno Fernandes de que o atleta estava presente quando sua ex-amante Eliza Sam�dio, de 24 anos, foi assassinada em 10 de junho de 2010.
Promotoria parte para o ataque no julgamento de Bruno
Foto: circuitomt.com.br

Segundo o promotor Henry Wagner Vasconcelos, h� provas no processo de que o jogador teria acompanhado seu bra�o direito Luiz Henrique Ferreira Rom�o, o Macarr�o, e o ent�o adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa quando eles levaram a v�tima para ser morta na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, na regi�o metropolitana de Belo Horizonte.

J� o advogado do goleiro, L�cio Adolfo da Silva, afirmou que vai tentar "tr�s graus" de defesa: obter a absolvi��o de Bruno, convencer o conselho de senten�a de que o atleta teve uma participa��o menor no crime ou ainda retirar as qualificadoras que constam na acusa��o contra seu cliente.

O objetivo, de acordo com Adolfo, seria reduzir a senten�a em caso de uma condena��o para uma pena entre nove e 11 anos, o que permitiria que o goleiro deixasse a cadeia em at� seis meses para cumprir pena em regime aberto. "N�o trato de vit�ria. A vit�ria � da Justi�a", disse.

Para Henry Vasconcelos, por�m, essa possibilidade n�o representa fazer Justi�a "de maneira nenhuma". "O Bruno teve uma participa��o decisiva. Tudo aconteceu por causa de Bruno. As pessoas orbitavam em torno dele", salientou o promotor. Ele citou entre as provas um depoimento de S�rgio Rosa Sales, primo do goleiro que tamb�m era r�u no processo e que foi assassinado em agosto, no qual o acusado afirmou que Bruno esteve no local do assassinato.

Ressaltou que o registro de entrada do condom�nio onde ficava o s�tio do jogador em Esmeraldas, na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, mostra que Bruno chegou ao local na noite de 10 de junho cerca de cinco minutos antes de Macarr�o.

E lembrou ainda que h� o registro de uma liga��o do celular de Jorge Rosa para o telefone da ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo, do local apontado como ponto de encontro do grupo com Bola, na regi�o da Pampulha, em Belo Horizonte.

"Temos que considerar que Jorge n�o tinha nenhuma consist�ncia intelectual, mental, socioafetiva para determinar ou orientar o que quer que fosse a Dayanne. S� podemos concluir que foi o Bruno que fez aquele contato com Dayanne. Quem pagava a conta de todos aqueles telefones era o Bruno, que era a fonte de recursos para toda aquela malandragem", disparou Vasconcelos. "Esses elementos nos remetem a entender, com extrema probabilidade, a presen�a dele no local de assassinato de Eliza", acrescentou.

Julgamento
As declara��es foram dadas no fim da noite de ontem, ap�s o encerramento do segundo dia de julgamento de Bruno, acusado de ser o mandante do sequestro, c�rcere privado e assassinato de Eliza, e de Dayanne, que responde pelo sequestro e c�rcere privado do beb� que a v�tima teve com o jogador.

A mulher foi ouvida por cerca de quatro horas e, para Henry Vasconcelos, "o depoimento traz a confiss�o" do crime. O goleiro ser� ouvido a partir das 13h de hoje (6) e a previs�o � de que a senten�a seja proferida amanh� ou na madrugada de sexta-feira, ap�s os debates entre acusa��o e defesa.

Para a defesa, no entanto, as declara��es de Dayanne, que assumiu ter cuidado do beb� a pedido de Bruno ap�s Eliza deixar o s�tio com Macarr�o e Jorge - ela nega que o goleiro tenha seguido com os demais acusados -, mostram "preocupa��o" com a crian�a. "A Dayanne fez um depoimento compromissado com a verdade, carregado de sinceridade. Deveria tocar o cora��o do promotor", disse L�cio Adolfo, que defende a absolvi��o da acusada. A pr�pria Dayanne considerou o depoimento "tranquilo". "N�o menti. Falei a verdade", alegou.

Fonte: atarde.uol.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir