Categoria Policia  Noticia Atualizada em 06-03-2013

Justiça do ES manda soltar os investigados na Operação Derrama
Trinta pessoas, incluindo ex-prefeitos, ganharam a liberdade. Eles são investigados por ilegalidades em contrato com empresa.
Justiça do ES manda soltar os investigados na Operação Derrama
Foto: g1.globo.com

A Justiça mandou soltar, nesta terça-feira (5), os 30 investigados na Operação Derrama, incluindo ex-prefeitos de cidades do Espírito Santo, acusados de ilegalidades em contratos das prefeituras com uma empresa que trabalha com a recuperação de tributos municipais. Segundo o Tribunal de Justiça do estado (TJ-ES), a decisão foi do desembargador Ronaldo Gonçalves de Sousa. Ele argumenta que, pela demora na investigação, no momento, "não vê sentido" nas prisões.

A Operação Derrama levou a prisão, no dia 15 de janeiro de 2013, acusados de contratar, de forma irregular, a empresa CMS Assessoria e Consultoria Ltda. De acordo com as investigações do Tribunal de Contas do Estado (TC-ES) e da Polícia Civil, a CMS cobrava multas milionárias de empresas que deviam impostos aos municípios. A operação foi realizada pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), vinculado à Secretaria Estadual de Segurança. As investigações começaram em julho de 2012.

De acordo a Polícia Militar, os ex-prefeitos Guerino Zanon, de Linhares, Edson Magalhães, de Guarapari, Ademar Devens, de Aracruz, Edival Petri, de Anchieta, e Valter Potratz, de Piúma, estavam presos no quartel da corporação em Maruípe e saíram por volta de 1h desta quarta-feira (6). Também foi solto o ex-prefeito de Itapemirim Alcino Cardoso, que estava no Centro de Detenção Provisória de Viana. O ex-prefeito de Aracruz, Luiz Carlos Cacá Gonçalves, continua na penitenciária semi-aberta de Xuri,em Vila Velha, onde cumpre pena por corrupção em outro caso, desde 2011. Os ex-prefeitos de Anchieta Moacyr Carone e de Marataízes, Ananias Vieira, cumpriam prisão domiciliar e também foram liberados. A ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub havia sido solta no dia 25 de janeiro.

Na decisão, o desembargador disse que a manutenção das prisões preventivas perdeu o sentido, mas continua convicto da existência de indícios da autoria dos delitos. "O próprio Ministério Público, na condição de defensor da sociedade, entende que a denúncia demorará a ser oferecida. A manutenção das prisões e das outras medidas restritivas perdeu, neste momento, o sentido", disse, no documento.

O advogado de Guerino Zanon (PMDB-ES), um dos ex-prefeitos presos, disse ao G1 que após o alvará de soltura seguiu para Linhares.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir