Categoria Policia  Noticia Atualizada em 07-03-2013

Advogado de sócio da Kiss quer usar rede social como prova no processo
Em tópico na internet estariam informações sobre funcionamento da boate. Segundo advogado, empresário Mauro Hoffmann nunca fez parte do grupo.
Advogado de sócio da Kiss quer usar rede social como prova no processo
Foto: g1.globo.com

A defesa do empresário Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate Kiss, em Santa Maria, vai encaminhar à polícia até a manhã de sexta-feira (8) um pedido para que informações de um grupo fechado no Facebook, com o nome de "equipe Kiss", sejam liberadas e façam parte da investigação. Conforme o advogado Mário Cipriani, neste tópico constam informações privilegiadas da forma como era gerida a casa e que, ainda segundo ele, seu cliente jamais pertenceu ou sequer foi convidado a participar deste grupo.

"Através deste grupo eram discutidas todas as formas de gestão da boate Kiss. O Mauro nunca participou do grupo e como não temos acesso ao conteúdo deste grupo fechado, vou encaminhar no máximo até a manhã de sexta-feira (8) o pedido ao delegado para que ele solicite ao juiz a abertura do conteúdo integral", revelou o advogado que representa Mauro Hoffmann.

Procurado pela reportagem do G1, o advogado Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, outro sócio proprietário da boate, preferiu não comentar o pedido dos representantes de Hoffmann. "Isto não vai influenciar, de maneira alguma, na defesa do meu cliente", disse Jader Marques.

Na sexta-feira (8) também deve ser anunciado um estudo sobre a metragem da boate, o que pode indicar se houve ou não superlotação na madrugada de 27 de janeiro, data do incêndio que já matou 241 pessoas na casa noturna. Segundo o advogado de Mauro Hoffmann, a boate tinha 691 metros quadrados e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), utilizadas na elaboração do Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), permitem até duas pessoas por metro quadrado. Neste caso, a boate Kiss suportaria até 1.381 pessoas, descartando a hipótese de superlotação.

"Eu acredito em um erro na investigação. A polícia está ouvindo muitas pessoas sobre o caso e deixando de olhar a legislação. O fato de a polícia estar querendo dar uma resposta à opinião pública, está repercutindo em falhas na investigação. Estão interpretando de forma incorreta as normas da ABNT", afirma Mário Cipriani, que ainda diz que no dia da tragédia cerca de 800 pessoas estavam na boate.

Na manhã desta quinta-feira (7), subiu para 241 o número de mortes após o incêndio na boate Kiss. Driele Pedroso Lucas, de 23 anos, estava internada no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, e teve a morte confirmada às 6h45 desta quinta-feira (7). A vítima era a última paciente que ainda estava em ventilação mecânica após o dia da tragédia.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir