Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-03-2013

"A Justiça então é isso aí?", diz Bruno após sentença
Goleiro esperava ter uma pena menor do que os 22 anos e três meses. Mas segundo seu advogado, em dois anos e oito meses Bruno pode pedir progressão para o semiaberto.

Foto: ultimosegundo.ig.com.br

O goleiro Bruno ficou decepcionado com o resultado do julgamento que o condenou a 22 anos e três meses de reclusão em regime, incialmente, fechado. Após ouvir a pena, o goleiro virou para o advogado de defesa e falou: "A Justiça então é isso aí?"

O goleiro esperava que, com a confissão, a pena estivesse próxima da punição do amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que foi condenado a 15 anos de reclusão , em novembro do ano passado.

Segundo o advogado de defesa de Bruno, Lúcio Adolfo, os advogados já protocolaram uma ação para pedir a anulação do julgamento com base em algumas irregularidades. A primeira seria que o julgamento foi realizado enquanto ainda é apreciado um recurso contra a expedição do atestado de óbito de Eliza. A segunda é que o julgamento aconteceu enquanto há uma investigação em andamento. A terceira é que nesta quinta-feira, às 14h07, o advogado José Arteiro, assistente de acusação por parte da mãe de Eliza, disse para os jurados que Bruno tinha se recusado a responder as perguntas, o que é ilegal segundo o Código Penal.

A defesa do goleiro espera que Bruno possa estar nas ruas em 2017. Ele já cumpriu dois anos e nove meses da pena. E por ter trabalhado na lavanderia da penitenciária Nelson Hungria durante o tempo em que está preso, o jogador ainda tem direito a mais uma parcela de redução na punição. Segundo previsão de Lúcio Adolfo, Bruno poderá progredir para o regime semiaberto em três anos e seis meses. Se continuar a trabalhar na prisão, a expectativa é que esse prazo caia para dois anos e oito meses.

A promotor Henry Vasconcelos também afirmou que vai recorrer da sentença. Ele afirmou que esperava que a pena de Bruno ficasse entre 28 e 30 anos. A mesma intenção de recorrer tem a advogada Maria Lúcia Borges, que representa o Bruninho no processo.

A ex-mulher de Bruno, absolvida no julgamento, tentou disfarçar a alegria na saída do plenário ao por a mão no rosto para tentar esconder o sorriso, mas não se conteve ao afirmar rapidamente: "Amei, meu Deus. Estou muito feliz".

Na saída da julgamento, a mãe de Eliza, dona Sônia Fátima de Moura, não se mostrou tão feliz com o resultado, mas afirmou que fez o seu papel. "Eu sei que amanhã posso olhar nos olhos do meu neto e dizer que não fui omissa a isso", afirmou.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir