O vice-presidente da Venezuela Nicolás Maduro foi oficialmente empossado no cargo de Presidente da República interino ao final da tarde de sexta-feira.
Foto: www.publico.pt "Juro em nome da total lealdade ao comandante Hugo Chávez que respeitamos e que nos dez respeitar a Constituição bolivariana (...) Juro!", declarou Maduro durante a cerimónia transmitida pelas televisões do país, que decorreu na Academia Militar de Caracas logo depois de terminadas as cerimónias fúnebres de Chávez.
A oposição ao regime decidiu boicotar a sessão extraordinária da Assembleia Nacional para dar oficialmente posse a Nicolás Maduro como Presidente interino da Venezuela.
O principal opositor ao regime, o governador Henrique Capriles, declarou que a investidura do vice-presidente é "uma fraude constitucional". A decisão do Supremo Tribunal de Justiça de autorizar a investidura de Maduro é "um abuso", continua Capriles numa conferência de imprensa, ao final da tarde de sexta-feira, lembrando que "ninguém elegeu Nicolás".
O Supremo Tribunal de Justiça decidiu, também na sexta-feira, autorizar a investidura de Maduro, considerando que este podia ser presidente interino e, ao mesmo tempo, candidatar-se às próximas presidenciais. "Hoje, quando o país está de luto" e que o dia foi declarado feriado, "a única instituição que trabalha" é o Supremo para "ditar uma decisão política", acuda Capriles.
"O povo não votou em ti, meu rapaz", atirou Capriles a Maduro. De recordar que o governador, representa a coligação de partidos opositores e foi derrotado por Chávez nas últimas eleições presidencias em Outubro. "Diz-nos do que é que tens medo, Nicolás? Estamos numa corrida", continuou o político, durante a conferência de imprensa, acrescentando: "Precisas de usar o poder do Estado para ires a eleições?".
Capriles declarou ainda que respeita a dor da família, dos amigos e dos apoiantes de Chávez mas que não permite que essa dor seja argumento para abusos de poder ou fraude constitucional.
Fonte: www.publico.pt
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