Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-03-2013

Alunas brigam após aulas em Porto Velho e vídeo é publicado na internet
Diretoria diz que quatro casos semelhantes foram registrados esse ano. Secretaria de Educação afirma que vai acompanhar os casos.
Alunas brigam após aulas em Porto Velho e vídeo é publicado na internet
Foto: g1.globo.com

Alunos da Escola Estadual Risoleta Neves, em Porto Velho, filmam briga entre alunas do ensino fundamental, entre 12 e 14 anos, e publicam na internet. (Veja imagens ao lado). O vídeo, gravado na sexta-feira (15), já teve mais três mil acessos. Segundo a direção da instituição, em 2012 foram registradas quatro ocorrências de brigas envolvendo alunos, este ano quatro casos já foram notificados pela escola. A Secretaria Estudual de Educação disse que uma equipe multidisciplinar foi designada para apurar a situação.

A escola tem cerca de dois mil alunos. As brigas, de acordo com a diretora da escola, Maria do Socorro Farias, acontecem próximas ao prédio da instituição de ensino e não há como controlar este tipo de situação. "São da mesma comunidade onde há desentendimentos e acabam resolvendo as diferenças perto do estabelecimento de ensino", explica Maria.

Segundo a diretora, medidas de repreensão são tomadas como advertência por escrito e a convocação da família para orientação disciplinar. "Quando a gente acha necessário encaminhamos esse aluno até um psicólogo", diz Maria.

Os alunos do turno da tarde dizem que desconhecem a situação, mas falam de motivos que levam casos de violência às escolas. "Uma olha pra outra, se encaram e começam a briga", diz uma aluna.

Em nota, a Secretaria Estudual de Educação disse que uma equipe multidisciplinar foi designada em conjunto com a direção e o Conselho Escolar para reforçar medidas de apoio, orientação e segurança junto aos estudantes a família e a comunidade.

Para a pedagoga Benilce Matos da Silva, a questão deve ser vista dentro da familia e considera que problemas de falta de limites e falta de respeito são levados de casa para a escola. "A escola está fazendo o papel dela, que é de orientação. Chamar a família, conversar com essas crianças, saber o que está acontecendo e até que ponto se pode ajudar, mas a instituição pode muito pouco em relação a esse problema", explica a pedagoga.

Benilce relata ainda a desistência de alguns professores por se sentirem impotentes diante do problema, que deveriam ser resolvidos pela família. A formação do caráter é construída na primeira infância, depois a criança vai para a escola e continua com essa formação, segundo a pedagoda. "Na escola nós não conseguimos mudar os valores familiares e morais que a criança trouxe de casa. O máximo que a gente vai conseguir é uma formação para uma condição melhor dessa criança no mercado de trabalho, no respeito com o outro", finaliza Benilce.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir