Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-03-2013

Corpo do cantor Emílio Santiago é enterrado no Rio
O corpo do cantor Emílio Santiago foi enterrado por volta das 12h30 da quinta-feira (21), no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona norte da capital fluminense, na presença de cerca de 150 pessoas, entre amigos, parentes e admiradores do artista.
Corpo do cantor Emílio Santiago é enterrado no Rio
Foto: www.diariodepernambuco.com.br

Os cantores Carlinhos Brown e Agnaldo Timóteo e o ator Toni Tornado estavam entre os que acompanharam o sepultamento.

Momentos antes, na capela do cemitério, os presentes cantaram a música Saigon, considerada a de maior sucesso na carreira de Emílio Santiago. O cantor morreu na última quarta-feira (20), aos 66 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, 14 dias após ter sido internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio.

O velório, na quarta-feira (20), na Câmara de Vereadores do Rio, atraiu centenas de pessoas, a maior parte formada por fãs anônimos do cantor, cuja voz é considerada uma das mais marcantes da música popular brasileira a partir dos anos 70.

Com 30 álbuns no currículo, Emílio Santiago foi premiado em 2012 com um Grammy Latino de melhor disco de samba/pagode com o álbum Só Danço Samba ao Vivo. O seu maior êxito foi a série de sete álbuns intitulada Aquarela Brasileira, lançada a partir de 1988, e que vendeu mais de 3 milhões de cópias. Para o pesquisador e historiador Ricardo Cravo Albin, o sucesso se explica pela qualidade do intérprete e pela seleção musical.

"O repertório brasileiro é lindíssimo, uma fonte permanente de prazer. Esse repertório, cantado por uma voz como a de Emílio, com arranjos contemporâneos, em uma série muito bem produzida, alcançou um sucesso que nem a gravadora esperava", lembrou o pesquisador, em entrevista à Agência Brasil.

Para Cravo Albin, o cantor foi mais do que um grande intérprete da música popular brasileira. "Ele foi sobretudo um cantor de grande possibilidades, de voz macia e de um raríssimo tom aveludado", destacou o historiador, autor do Dicionário MPB, entre outras obras.

O pesquisador definiu Emílio Santiago como "um dos cantores básicos da música popular brasileira a partir dos anos 70". Ele ressaltou o fato de o cantor ter atuado no início de sua carreira como crooner, "uma profissão que adestra e faz com que os cantores possam cada vez mais se aperfeiçoar".

Fonte: www.diariodepernambuco.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir