Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-04-2013

Em audiência, francês detalha crime em van e revela "sarcasmo" dos bandidos
O turista francê assaltado e espancado em uma van enquanto sua namorada era estuprada prestou depoimento na tarde desta terça-feira (9) na 32ª Vara Criminal do Rio, na sede do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), no Centro.
Em audiência, francês detalha crime em van e revela
Foto: www.jb.com.br

O jovem reconheceu um dos acusados e detalhou as agressões sofridas por ele e pela namorada, uma turista americana, durante o período em que ficaram em poder dos criminosos.

Visivelmente abalado, o francês respondeu as perguntas de maneira monossilábica. Segundo ele, os estupradores riam e debochavam dos dois enquanto violentavam a jovem, abusada oito vezes seguidas segundo a promotora criminal Marcia Colonese, titular da 32ª Vara Criminal. Ele também detalhou a atuação de cada um dos acusados no crime: Jonathan Froudakis de Souza dirigia o veículo, enquanto Walace Aparecido Souza Silva coordenava o assalto, um menor atuava como cobrador e recolhia os pertences das vítimas. Jonathan manteve relações sexuais com Grace duas vezes, enquanto Walace o fez uma vez.

Carlos Armando Costa dos Santos, o quarto membro da quadrilha, também estuprou a americana. O turista relatou ainda que, enquanto sofria abusos com um dos criminosos, a americana era obrigada a manter relações com os demais criminosos. Carlos foi reconhecido pelo turista francês durante a audiência.

Segundo a promotora Marcia Colonese, o jovem francês "olhou com muita gana para o acusado", reconhecendo-o de maneira imediata. Para ela, a atitude dos acusados foi "monstruosa" e que o jovem, que deve deixar o país nesta quarta-feira (10), não pretende voltar mais:

"Ele nunca mais pretende voltar ao Brasil. Tentei dissuadi-lo dizendo que isso nunca aconteceu antes no nosso país, mas ele disse apenas que quer ir para o seu país", lamentou a promotora.

Ainda segundo Marcia Colonese, os criminosos devem responder por oito acusações de roubo, oito estupros, extorsão mediante privação de liberdade, formação de quadrilha e corrupção de menores. Marcia Colonese ainda ressalta a importância de outras vítimas do grupo procurarem a polícia ou o Ministério Público:

"Quero encontrar mais vítimas. É uma quadrilha que vem atuando há muito tempo. É perigosíssima", define.

Por agressões, Defensoria Pública quer acusados fora de Bangu 9

As representantes da Defensoria Pública responsáveis pela defesa de Jonathan, Walace e Carlos solicitaram ao juiz Guilherme Schilling que eles fossem transferidos de Bangu 9. Elas alegaram que os três têm sofrido constantes agressões por parte dos demais detentos e "correm grave risco" se permanecerem na unidade.

Fonte: www.jb.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir