Categoria Economia  Noticia Atualizada em 15-04-2013

Em Portugal, Troika quer saber como governo vai solucionar buraco orçamental
Uma equipa da troika já está no Ministério das Finanças, no primeiro dia de uma visita intercalar para conhecer quais as medidas escolhidas pelo Governo para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional.
Em Portugal, Troika quer saber como governo vai solucionar buraco orçamental
Foto: sicnoticias.sapo.pt

Os técnicos da Troika – formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia (CE) – estão na sede do Ministério das Finanças em Lisboa para saber que medidas o governo vai tomar para cobrir 1,326 bilhões de euros de gastos não previstos no Orçamento do Estado 2013, considerado parcialmente ilegal pelo Tribunal Constitucional.

A despesa extra agrava as dificuldades do governo em reduzir o desequilíbrio orçamentário. No ano passado, o déficit entre receita e despesa do Estado chegou a 6% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit fiscal acumulado por Portugal nos últimos anos faz com que o país hoje deva a bancos nacionais e ao mercado financeiro internacional valor correspondente a 124% do PIB (mais de 205 bilhões de euros ou 15 meses de toda a riqueza produzida em Portugal).

Além da emergência orçamental, o governo precisa demonstrar aos credores da Troika que tem medidas estruturais para evitar o acúmulo de mais déficit fiscal e reduzir o peso da dívida no PIB. A perspectiva do governo é cortar despesas sociais e gastos com funcionários públicos.

De acordo com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, o governo vai "redesenhar" os programas de apoio social e vai aumentar as contribuições sociais que subsidiam o seguro desemprego e o auxílio para trabalhadores doentes.

Em carta enviada semana passada à Troika, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho acrescentou que o governo poderá diminuir suas despesas mudando a legislação trabalhista de funcionários públicos e empregados privados, criando uma tabela salarial única e fazendo convergir os sistemas de pensões público e privado.

Segundo o programa de ajustamento financeiro, todas as medidas deverão ser aceitas pela Troika. A aprovação dos credores poderá liberar, no próximo mês, a parcela de 2 bilhões de euros do empréstimo internacional e viabilizar que Portugal tenha mais sete anos para pagar o que pegou emprestado do FMI e da União Europeia desde 2011.

Fonte: www.istoedinheiro.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir