Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 15-04-2013

Mãe de vítimas de chacina em agência de veículos é internada
Ana Carla Gama da Silva, de 40 anos, foi internada após passar mal. Corpos de jovens ainda não foram enterrados por falta de documentação.
Mãe de vítimas de chacina em agência de veículos é internada
Foto: g1.globo.com

A mãe de três envolvidos na chacina em uma agência de veículos em Vila Valqueire, no Subúrbio do Rio de Janeiro foi encaminhada ao Pronto Socorro de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Os médicos informaram que ela deu entrada às 9h desta segunda com crise nervosa. Ela passa bem, mas foi internada na unidade de saúde.

Ana Carla Gama da Silva, de 40 anos, é mãe de Pâmela Gama da Silva, Douglas Santos da Silva e Jonathan Julio Gama. Douglas e outras três pessoas morreram após cobrarem uma dívida de R$ 2 mil em uma concessionária na Estrada Intendente Magalhães, em Vila Valqueire. Jonathan ficou ferido com um tiro no pé e não corre risco. Pâmela não foi atingida.

O corpo de Douglas está sendo velado junto com Pablo Gama da Silva e Willians de Souza Pereira, outras duas vítimas, no cemitério de São Pedro da Aldeia.

Mesmo internada na unidade de saúde, a mãe se diz indignada. "Eu quero justiça. O que fizeram com o meu filho não vai ficar esquecido. Eu estou muito abalada, mas eu tenho que ter força para poder passar para toda minha família", disse Ana Carla, emocionada.

O velório acontece desde a tarde deste domingo (25), mas os corpos dos três mortos ainda não foram enterrados porque a guia de sepultamento, documento necessário para os enterros, estava no Rio de Janeiro. O movimento na manhã desta segunda-feira era tranquilo em frente à capela onde os corpos estão sendo velados. O pai de Douglas precisou voltar à capital para buscar o formulário. A previsão é que o enterro aconteça ainda na tarde desta segunda-feira (15).

Entenda o caso

Pâmela deu R$ 2 mil de entrada em um carro, mas não recebeu o veículo. Segundo familiares, o négocio foi fechado em dezembro de 2012, mas até o início do mês de abril, o automóvel não havia chegado na concessionária. Insatisfeita, a jovem compareceu várias vezes ao estabelecimento pedindo o dinheiro de volta, sem sucesso.

Na manhã deste sábado (13), Pâmela reuniu um grupo de cinco pessoas - quatro familiares e um amigo - para ajudá-la a fazer a cobrança. Novamente o gerente da agência de veículos afirmou que não tinha recursos para ressarcir o valor pago por ela.

Segundo a polícia, depois deste fato, a família se dirigiu a uma segunda loja de carros. Foi neste momento, que três suspeitos chegaram ao local em um carro, armados e perguntaram se era aquele grupo que havia feito a cobrança na concessionária ao lado. Então, efetuaram os disparos contra as cinco pessoas. Pâmela foi salva, pois o vendedor disse que ela não estaria com o grupo.

Os suspeitos do assassinato fizeram menção à dívida de R$ 2 mil que a família de Pâmela Silva foi cobrar na concessionária, antes de fazer os disparos contra as vítimas.

Ainda segundo a Divisão de Homicídios (DH), ela foi ouvida na noite de sábado. O vendedor do estabelecimento comercial, que presenciou o crime, e o dono da agência onde as vítimas cobraram os R$ 2 mil reais também prestaram depoimento. Até o momento, a polícia não descarta nenhuma possibilidade quanto à motivação do crime.

O crime

De acordo com informações do delegado Clemente Braune, da DH, das seis pessoas abordadas em uma concessionária de automóveis na Estrada Intendente Magalhães, cinco foram baleadas. Pablo Gama da Silva, Douglas Santos da Silva e Willians de Souza Pereira morreram no local.

Tailor Vinicius Pires da Silva foi encaminhado para o Hospital Carlos Chagas, mas morreu na unidade. Ele foi enterrado na tarde deste domingo, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. Jonathan Julio Gama levou um tiro no pé e foi internado no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.

Ainda segundo o delegado, câmeras de segurança do estabelecimento serão analisadas ainda neste domingo e o gerente da loja que se recusou a devolver os R$ 2 mil também será ouvido na sede da DH, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Policiais realizam novas diligências na região neste domingo.

Ainda segundo depoimentos, após o gerente afirmar ao grupo que não tinha o dinheiro, houve discussão e os familiares ameaçaram quebrar os vidros dos carros caso a quantia não fosse devolvida.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir