Categoria Policia  Noticia Atualizada em 27-04-2013

Laudo da exumação de Matsunaga diz que tiro foi a mais de 40 cm
Peritos ressaltam que "adiantado estado de decomposição" afetou análises. Executivo da Yoki foi morto em maio de 2012 por Elize Matsunaga.
Laudo da exumação de Matsunaga  diz que tiro foi a mais de 40 cm

A Polícia Técnico-Científica de São Paulo concluiu o laudo da exumação do corpo do executivo da Yoki, Marcos Matsunaga. Os peritos responderam 11 perguntas do juiz, 54 da defesa da ré e três da promotoria sobre as causas e circunstâncias da morte, conforme documento obtido com exclusividade pelo G1.

O G1 teve acesso aos resultados. De acordo com a perícia do Instituto Médico-Legal (IML), o tiro que matou Matsunaga foi dado em distância "maior que 40 centímetros", conforme o laudo número 0851/2013, assinado pelo médico-legista Ruggero Bernardo Felice.

O documento ainda informa que o avançado estado de putrefação do corpo comprometeu avaliação de quesitos que apontariam se ele apresentava reações vitais ao ser esquartejado. "Sugerimos correlação com dados de histórico, necroscópicos, de local e balística (...) antes de qualquer conclusão diagnóstica", alerta nota de exame que integra o laudo.

Matsunaga foi morto por sua mulher, a bacharel em direito Elize Matsunaga. Ela confessou ter dado o disparo e está presa. Após balear o marido no apartamento onde o casal morava com a filha, em 19 de maio de 2012, na Zona Oeste da capital paulista, ela esquartejou o corpo dele.

O corpo de Marcos foi exumado em 12 de março e deverá ser enterrado novamente em 15 de maio, no Cemitério São Paulo. A exumação tinha sido autorizada pelo juiz Adilson Paukoski Simoni após solicitação dos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio, que defendem Elize. Eles contestaram o resultado do laudo necroscópico feito no ano passado que indicava indicava que Matsunaga havia sido esquartejado ainda vivo. Para os defensores, a vítima havia morrido logo após o disparo.

A defesa considera que o novo laudo é favorável à ré. "O Marcos morreu do disparo da arma, segundo laudo. Só não pode se precisar o tempo porque o médico-legista que fez o laudo necroscópico deixou de realizar os exames necessários", disse a advogada Roselle Soglio, defensora de Elize e que também é especialista em perícias criminais.

Para o defensor da família de Marcos, o primeiro documento é o mais confiável. "Qualquer laudo complementar e nova perícia seria inconclusiva à mercê dessa situação [do estado de putrefação do corpo], que prejudica o resultado", disse Luiz Flávio Borges D Urso.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir