Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-05-2013

Começa 3º dia de julgamento de PMs por mortes de PC Farias e namorada
O julgamento dos 4 policiais militares acusados de envolvimento nos assassinatos do empresário Paulo César Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, ocorridos em 1996, foi retomado por volta das 8h45 da manhã desta quarta-feira, em Maceió (AL).
Começa 3º dia de julgamento de PMs por mortes de PC Farias e namorada
Foto: noticias.terra.com.br

A sessão começou com o depoimento de Zélia Maria Maciel de Souza, prima de Suzana e última testemunha da defesa.

Outras duas testemunhas devem prestar depoimento nesta quarta-feira: Eônia Pereira Bezerra - irmã da falecida mulher de PC Farias, Elma Farias - e Ana Luíza Marcolino, irmã de Suzana. As duas mulheres são testemunhas arroladas pelo juiz.

Ontem, falaram 12 testemunhas, incluindo um dos irmãos de PC, o ex-deputado Augusto César Farias, que chegou a ser apontado como mandante do crime no início do inquérito. Também foi ouvida Milane Valente, ex-namorada de Augusto. A sessão foi encerrada às 19h15.

Na segunda-feira, prestaram depoimento duas testemunhas: o caseiro da casa de praia onde o empresário foi morto, Leonino Carvalho, e o garçom Genival da Silva França, que serviu a última refeição do casal. Ao longo de todo julgamento, que deve terminar na sexta-feira, serão ouvidas 25 testemunhas, entre acusação e defesa.

Os réus são Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, policiais militares que trabalhavam como seguranças de PC. O Ministério Público pede a condenação dos quatro por homicídio qualificado. Segundo a tese do promotor Marcos Mousinho, os quatro participaram do crime, no mínimo, por omissão, uma vez que deveriam garantir a integridade do empresário. A promotoria tenta desmontar a tese de crime passional, em que Suzana teria matado PC e se suicidado em seguida.

Os crimes
Paulo César Farias e Suzana Marcolino foram assassinados na madrugada do dia 26 de junho de 1996, em uma casa de praia em Guaxuma. À época, o empresário respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Ele era acusado dos crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte de PC Farias chegou a ser investigada como queima de arquivo, já que a polícia suspeitou que o ex-tesoureiro poderia revelar nomes de outras pessoas que teriam participação nos mesmos ilícitos.

Entretanto, a primeira versão do caso, que foi apresentada pelo delegado Cícero Torres e pelo legista Badan Palhares, apontou para crime passional. Suzana teria assassinado o namorado e, na sequência, tirado a própria vida. A versão foi contestada pelo médico George Sanguinetti, que descartou tal possibilidade e, mais tarde, novamente questionada por uma equipe de peritos convocados para atuar no caso. Os profissionais forneceram à polícia um contralaudo que comprovaria a impossibilidade, de acordo com a posição dos projéteis, da tese de homicídio seguido de suicídio.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir