Categoria Policia  Noticia Atualizada em 09-05-2013

MP-RJ denuncia pastor Marcos Pereira por estupros de fiéis
Promotores pediram à Justiça do Rio a prisão preventiva do acusado. Na denúncia, pastor é classificado como "degenerado, pervertido sexual".
MP-RJ denuncia pastor Marcos Pereira por estupros de fiéis
Foto: g1.globo.com

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou, nesta quinta-feira (9), o pastor Marcos Pereira por dois estupros. Ele foi preso na noite de terça-feira (7) suspeito de ter abusado sexualmente de seis fiéis.

De acordo com as denúncias, foram instaurados seis inquéritos policiais – um para cada vítima – a fim de facilitar a individualização dos crimes.

Segundo o MP-RJ, o pastor agiu da mesma forma com as duas vítimas que figuram nas denúncias: jogou as mulheres na cama, arrancou a roupa delas e as forçou a praticar sexo.

As vítimas moravam no alojamento da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, mantendo uma relação de dependência com Marcos Pereira.

Na denúncia, os promotores relatam que ele negava até mesmo material de higiene às mulheres que se recusavam a manter relações sexuais com o acusado.

"Pelos relatos das testemunhas, principalmente das mulheres, verifica-se que estamos diante de um verdadeiro depravado, degenerado, pervertido sexual, capaz de fazer as coisas mais baixas e sempre se aproveitando da sua condição de líder maior da Igreja", diz o texto de uma das denúncias, assinadas pelos promotores Rogério Lima Sá Ferreira e Adriana Lucas Medeiros, que pediram à Justiça a prisão preventiva do acusado, que está no Complexo Penitenciário de Bangu.

Relatos das vítimas

Duas vítimas que denunciaram o pastor Marcos Pereira por abuso sexual relataram ao RJTV desta quarta-feira (8) como funcionava a abordagem do religioso. Em depoimento, elas afirmaram que chegaram a morar na igreja, onde não podiam ler jornais, ver televisão e nem falar em telefones celulares.

"Quando ele pegou na minha mão, eu já fiquei na minha cabeça pensando se ele estava tentando ver se tinha algum espírito em mim, que era o que ele costumava fazer. Eu fiquei orando, ele começou aos poucos, ele foi tocando no meu corpo. Você se sente humilhada, você se sente nada, como se fosse um objeto descartável", disse uma delas.

Para outra das vítimas, o sistema de clausura favorecia os abusos. "Ele aproveita momentos de fragilidade, que a gente fica ali, entregue mesmo àquela ideologia que eles passam para gente", disse.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir