Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 15-05-2013

MEMÓRIAS... UM NOVO JEITO DE RECOMEÇAR!
...Cheirinho de broa de fubá assada ao forno à brasa; Uma xícara esmaltada e um gole de café torrado no fogão à lenha...
MEMÓRIAS... UM NOVO JEITO DE RECOMEÇAR!

O orvalho da madrugada traz o cheiro da relva e os galos anunciam a alvorada!
No velho radinho de pilha, a boa e velha canção caipira nos traz recordações...

Saudade de minha mineirice... De falar uai sem sentir o sotaque, de comer frango com quiabo!
E o pão de queijo no café, estando em qualquer lugar do mundo? Uai sô, ôoooo trem bão!
Além das montanhas, tão belas paisagens, tão bela cultura! Mineiro ou roceiro: alma leve, simples e tranquila… Cê sabi o quié sê mineiro? Uai sô… ser mineiro é nascê im minas gerais, cês num sabia diss não?

Da vida, a vida! Lembrança das vezes que comia mandioca frita no café da manhã e até do chapéu de palha! E a prosa dos quintais depois de um dia inteiro de labuta nos cafezais... Ai!
A enxada e a foice, o machado e a ronca, a cavadeira e a plantadeira, a peneira e o embornal, o facão e o rastelo, o serrote e rodo. Hoje, a caneta e o papel, o computador e a impressora, o celular e a Internet.

E para trás ficaram os mata-burros e os quebra-multas; as porteiras e os currais; as tronqueiras e os canaviais mal assombrados; as velhas capelinhas onde me refugiava da solidão, ainda que mais sozinho! Ah... o paiol! A pocilga, os garrote, as verdes pastagens!

Vontade de escancarar a porteira e sentir outra vez a poeira da estrada de terra, a brisa fresca de mato e o cheirinho de cocô de vaca... Ah infância, porque me tornaste adulto?!

Inda me lembro do galinheiro, do porão, da lagoa, da bica, do bambuzal, da horta, do mangueiral e de tantas outras frutas que saboreávamos no pé! Tinha carrapatos também, bicho de pé, muriçoca...

Andar a cavalo, tomar banho no córrego, deitar na esteira e ver as estrelas... Era tudo tão divertido. Não tínhamos TV, Internet, celular. Pulávamos riachos, catávamos argila pra fazer bonequinhos.

Também apanhávamos de vara de goiabeira se disséssemos um palavrãozinho sequer! E quando estava frio, o banho era água aquecida na serpentina. A contação de história no quintal. As brincadeiras tão ingênuas: cabra-cega, esconde-esconde, queimada...

Apesar dos pesares, a felicidade era plena! Hoje também sou feliz, mas esses, foram bons tempos que vivi...

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir