Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-06-2013

Líbano ameaça Síria em caso de novo ataque
Governo de Bashar al-Assad lançou bombas em território libanês nesta quarta-feira
Líbano ameaça Síria em caso de novo ataque
Foto: www.panoramabrasil.com.br

O Exército do Líbano advertiu nesta quarta-feira a Síria de que responderá em caso de um novo ataque contra seu território, após um helicóptero sírio lançar duas bombas no centro de Aarsal, uma localidade libanesa partidária da rebelião que combate o regime de Bashar al-Assad, deixando um ferido.

O Exército libanês indicou em um comunicado que as "as unidades mobilizadas na região tomaram as medidas defensivas necessárias para responder imediatamente a qualquer violação semelhante". Esta é uma advertência muito rara na história recente de Líbano e Síria.

O presidente libanês, Michel Sleimane, denunciou o ataque como "uma violação à soberania" do Líbano que se reserva ao direito de "adotar medidas para se defender" e de "acionar a ONU e a Liga Árabe".

Já os Estados Unidos condenaram "nos termos mais fortes" este ataque, considerando a ação uma provocação "inaceitável".

Algumas horas depois do ataque, quatro foguetes disparados a partir da Síria caíram nesta quarta em Bekaa, uma região do leste do Líbano de população majoritariamente xiita e reduto do Hezbollah, que apoia o regime de Damasco. A zona atingida é pouco habitada, indicou uma autoridade libanesa de segurança, que não deu detalhes a respeito de estragos ou de eventuais vítimas.

Enquanto isso, cerca de uma semana após combates entre soldados e rebeldes sírios no posto fronteiriço de Qouneitra, nas Colinas de Golã, a Áustria iniciou a retirada de seus 378 capacetes azuis da força da ONU presente na linha de cessar-fogo entre a Síria e Israel, aumentando os temores da retirada de outros países.

Frente à "evolução da situação em termos de segurança", o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon recomendou "reforçar as capacidades de autodefesa" dos capacetes azuis na região.

Em vídeos divulgados pelo opositor OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos), com sede no Reino Unido, rebeldes sunitas celebram a morte de 60 xiitas, em sua maioria combatentes favoráveis ao regime.

O ataque contra o vilarejo acontece em represália a uma ofensiva realizada pelos habitantes contra uma base da rebelião no qual dois insurgentes morreram, segundo o OSDH.

A Síria é um país de maioria sunita governado há mais de 40 anos pelo clã Assad, que pertence à minoria alauita, um ramo do xiismo.

O caráter religioso do conflito, que já causou a morte de mais de 94.000 pessoas desde março de 2011, foi exacerbado pelo envolvimento do Hezbollah xiita libanês , aliado de Assad, em combates ao lado do regime.

A ajuda do Hezbollah permitiu na semana passada o Exército recuperar o controle da cidade estratégica de Qousseir.

Nesta quarta-feira, o OSDH indicou que o Exército sírio avançava em um bairro da localidade de Homs (centro) com o objetivo de controlar

Fonte: noticias.band.uol.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir