Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-06-2013

"Não vou recuar", afirma Alckmin após protestos em São Paulo
Em Santos, governador classificou ação como "movimento político violento". Alckmin diz ainda que pretende resolver paralisação na CPTM nesta quinta.

Foto: g1.globo.com

O governador de São Paulo, Geraldo Ackmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (13) que não irá recuar em relação ao valor do transporte público, que subiu para R$ 3,20, mesmo com os protestos realizados na capital contra o aumento da tarifa. Alckmin disse ainda que considera que as manifestações são feitas por "movimentos políticos pequenos, mas muito violentos". As afirmações foram dadas em Santos, durante um dos eventos dos quais participa no litoral do estado durante o dia.

Alckmin criticou a postura dos manifestantes, que causaram prejuízos ao depredar e incendiar ônibus e estações de Metrô. "Eu acho que não foi uma manifestação. A manifestação é legítima e não há nenhum problema. Outra coisa é você fazer depredação do patrimônio público, deixar um rastro de destruição por onde passa, prejudicando o usuário do sistema. Queimaram ônibus usados para transportar trabalhadores e famílias. As pessoas não devem responder ao governo pelo prejuízo causado, mas sim à população, que por meio dos impostos procura construir um sistema de transporte melhor", afirmou.

O governador disse que as manifestações ocorridas em São Paulo fazem parte de um movimento político. "É pequeno, mas muito violento. O reajuste foi menor que a inflação, tanto no ônibus da Prefeitura quanto no metrô e no trem. O objetivo é que os ganhos de eficiência e produtividade sejam transferidos ao usuário do sistema. Não pretendemos voltar atrás dessa decisão", explicou.

Na quarta, o promotor Maurício Ribeiro Lopes prometeu levar a Alckmin e ao prefeito Fernando Haddad uma proposta para que a tarifa do transporte público em São Paulo volte a R$ 3 por ao menos 45 dias. A medida foi acordada durante audiência pública na sede do Ministério Público. O pedido foi encaminhado na manhã desta quinta. Manifestantes garantiram que suspenderão os protestos caso os governos acatem a recomendação.

Se isso não ocorrer, no entanto, um novo protesto deverá ocorrer na tarde desta quinta.

O terceiro dia de protestos contra os reajustes no transporte público, na terça (11), deixou 20 presos, cinco policiais militares feridos e muita depredação. Manifestantes também relataram agressões por parte da PM. Dez pessoas detidas durante a manifestação irão responder por dano ao patrimônio e formação de quadrilha.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir