Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-06-2013

Em crise, Eike Batista busca sócio para dividir despesas do Hotel Gloria
O grupo EBC, de Eike Batista, confirmou nesta quinta que está adiantada negociação com uma bandeira hoteleira que entrará como sócia e deverá realizar adaptações no projeto do Hotel Gloria, no centro do RJ, agora rebatizado de "Gloria Palace" pelo grupo.
Em crise, Eike Batista busca sócio para dividir despesas do Hotel Gloria
Foto: www.expressomt.com.br

"O estágio atual da obra está focado na estrutura e término de fundações", completou assessoria em nota.

Em 2008, o Grupo EBX adquiriu o tradicional hotel construído em 1922. Segundo a empresa, o término da obra estava previsto para 2014 e o transformaria em "um verdadeiro luxury hotel (de luxo) cinco estrelas, posicionado entre os dez melhores hotéis do mundo", diz o site.

O local, que deverá ter 346 quartos, enfrentou problemas em 2011 , quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) obrigou que o grupo deixasse as paredes originais do hotel, tombado como patrimônio histórico, que não puderam ser derrubadas para serem reconstruídas, como queria o empresário.

"Propormos fazer igualzinho como era em 1922. Mas obrigaram a gente a manter a parede. Agora tem que ficar injetando "botox" nas paredes. É uma exigência com total falta de bom senso, mas que nós vamos cumprir", protestou Eike na ocasião. A reforma do hotel, que começou atrasada devido a demora na concessão de licenças, deve ser concluída no final de 2013. Os custos do projeto são estimados em R$ 247,9 milhões.

Derrocada
O empresário Eike Batista caiu na lista de bilionários da revista Bloomberg após a OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, perder 9,3% no índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e passar a custar apenas R$ 1,17. Com a queda, o bilionário perdeu US$ 196 milhões (cerca de R$ 392 milhões), saindo da lista dos 200 mais endinheirados da publicação. Atualmente a fortuna do empresário é de US$ 6,1 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Em março de 2012, a riqueza de Eike, que já chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo segundo levantamento da Forbes, chegou à marca de R$ 34,5 bilhões. Segundo Lucas Brendler, da corretora Geração Futuro, em Porto Alegre (RS), o mercado está agora começando a se perguntar o motivo do acionista controlador vender suas ações, uma atitude considerada "totalmente negativa".

A Bloomberg ressaltou também que Batista está vendendo ativos que incluem o jato Legacy 600 da Embraer para levantar dinheiro e que no mês passado ele levantou R$ 1,4 bilhão com a venda de uma participação empresa de energia MPX para o grupo alemão EON.

Separadamente, a OGX também vendeu uma participação de US$ 850 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em um campo de petróleo na Malásia.

A derrocada de Eike começou em agosto de 2012, quando Jorge Paulo Lemann, da InBev, foi apontado como o possível homem mais segundo a revista Forbes. Em 30 de novembro, quando perdeu "oficialmente" o posto, Eike afirmou à agência que "o Brasil merece ter mais brasileiros na lista (de mais ricos do mundo)". Apenas em 2012, Batista teve sua riqueza reduzida em US$ 9,8 bilhões - a maior queda de todo o ranking da Bloomberg no período.

Em dezembro do último ano, a Bloomberg publicou que Batista teve sua fortuna reduzida em US$ 6,8 bilhões por causa de cláusulas da venda de parte da EBX para o fundo Mubadala Development, de Abu Dhabi.

Segundo a publicação, o contrato de venda de 5,63% por US$ 2 bilhões obriga Eike a ceder um número não especificado de ações caso não entregue um retorno anual de pelo menos 5% ao fundo de investimentos. As garantias aos investimento fizeram o valor da EBX ser reavaliado.

Com isso, a fortuna estimada do empresário caiu de US$ 19 bilhões para US$ 12,7 bilhões. A diferença fez com que Batista despencasse no ranking mundial, de 36º para 73º mais rico do mundo. No Brasil, ele passou para o terceiro lugar, atrás de Lemann, avaliado em US$ 18,9 bilhões, e de Dirce Camargo, que faleceu em abril deste ano, tinha então US$ 13,4 bilhões. Dirce herdou o conglomerado Camargo Corrêa em 1994.

Fonte: www.correiodoestado.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir