O grupo EBC, de Eike Batista, confirmou nesta quinta que está adiantada negociação com uma bandeira hoteleira que entrará como sócia e deverá realizar adaptações no projeto do Hotel Gloria, no centro do RJ, agora rebatizado de "Gloria Palace" pelo grupo.
Foto: www.expressomt.com.br "O estágio atual da obra está focado na estrutura e término de fundações", completou assessoria em nota.
Em 2008, o Grupo EBX adquiriu o tradicional hotel construído em 1922. Segundo a empresa, o término da obra estava previsto para 2014 e o transformaria em "um verdadeiro luxury hotel (de luxo) cinco estrelas, posicionado entre os dez melhores hotéis do mundo", diz o site.
O local, que deverá ter 346 quartos, enfrentou problemas em 2011 , quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) obrigou que o grupo deixasse as paredes originais do hotel, tombado como patrimônio histórico, que não puderam ser derrubadas para serem reconstruídas, como queria o empresário.
"Propormos fazer igualzinho como era em 1922. Mas obrigaram a gente a manter a parede. Agora tem que ficar injetando "botox" nas paredes. É uma exigência com total falta de bom senso, mas que nós vamos cumprir", protestou Eike na ocasião. A reforma do hotel, que começou atrasada devido a demora na concessão de licenças, deve ser concluída no final de 2013. Os custos do projeto são estimados em R$ 247,9 milhões.
Derrocada
O empresário Eike Batista caiu na lista de bilionários da revista Bloomberg após a OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, perder 9,3% no índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e passar a custar apenas R$ 1,17. Com a queda, o bilionário perdeu US$ 196 milhões (cerca de R$ 392 milhões), saindo da lista dos 200 mais endinheirados da publicação. Atualmente a fortuna do empresário é de US$ 6,1 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), segundo o Bloomberg Billionaires Index.
Em março de 2012, a riqueza de Eike, que já chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo segundo levantamento da Forbes, chegou à marca de R$ 34,5 bilhões. Segundo Lucas Brendler, da corretora Geração Futuro, em Porto Alegre (RS), o mercado está agora começando a se perguntar o motivo do acionista controlador vender suas ações, uma atitude considerada "totalmente negativa".
A Bloomberg ressaltou também que Batista está vendendo ativos que incluem o jato Legacy 600 da Embraer para levantar dinheiro e que no mês passado ele levantou R$ 1,4 bilhão com a venda de uma participação empresa de energia MPX para o grupo alemão EON.
Separadamente, a OGX também vendeu uma participação de US$ 850 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em um campo de petróleo na Malásia.
A derrocada de Eike começou em agosto de 2012, quando Jorge Paulo Lemann, da InBev, foi apontado como o possível homem mais segundo a revista Forbes. Em 30 de novembro, quando perdeu "oficialmente" o posto, Eike afirmou à agência que "o Brasil merece ter mais brasileiros na lista (de mais ricos do mundo)". Apenas em 2012, Batista teve sua riqueza reduzida em US$ 9,8 bilhões - a maior queda de todo o ranking da Bloomberg no período.
Em dezembro do último ano, a Bloomberg publicou que Batista teve sua fortuna reduzida em US$ 6,8 bilhões por causa de cláusulas da venda de parte da EBX para o fundo Mubadala Development, de Abu Dhabi.
Segundo a publicação, o contrato de venda de 5,63% por US$ 2 bilhões obriga Eike a ceder um número não especificado de ações caso não entregue um retorno anual de pelo menos 5% ao fundo de investimentos. As garantias aos investimento fizeram o valor da EBX ser reavaliado.
Com isso, a fortuna estimada do empresário caiu de US$ 19 bilhões para US$ 12,7 bilhões. A diferença fez com que Batista despencasse no ranking mundial, de 36º para 73º mais rico do mundo. No Brasil, ele passou para o terceiro lugar, atrás de Lemann, avaliado em US$ 18,9 bilhões, e de Dirce Camargo, que faleceu em abril deste ano, tinha então US$ 13,4 bilhões. Dirce herdou o conglomerado Camargo Corrêa em 1994.
Fonte: www.correiodoestado.com.br
|