Pelo menos 11 mulheres morreram e 22 ficaram feridas em uma explosão ocorrida neste sábado em um ônibus de uma universidade de mulheres da cidade de Quetta, na província de Baluchistão, no oeste do Paquistão.
Foto: noticias.terra.com.br As feridas, algumas delas em estado crítico, foram transferidas ao Complexo Médico Bolan, onde aconteceu uma segunda explosão uma hora depois e onde um grupo de militantes se entrincheirou, em um novo ataque contra as sobreviventes do primeiro atentado, segundo o jornal The Express Tribune.
O governo enviou forças especiais e policiais para enfrentar o número indeterminado de insurgentes que continuam no interior do hospital. Segundo o jornal, o delegado adjunto de Quetta, Abdul Mansoor Kakar, morreu no enfrentamento contra os insurgentes no centro médico.
A primeira bomba estava no interior do ônibus que estava no estacionamento da Universidade Sardar Bahadur Khan de Mulheres e explodiu quando as estudantes voltavam a suas casas. As vítimas são professoras e estudantes do centro universitário, explicou ao jornal Dawn o chefe policial de Quetta, Zubair Mehmood. Os dois atentados não foram reivindicados por nenhum grupo.
Também nesta manhã um ataque de insurgentes destruiu o histórico edifício onde o fundador do Paquistão, Muhammad Ali Jinnah, passou seus últimos dias na cidade de Ziarat, na mesma província, atentado no qual um policial morreu.
Quetta é a capital da convulsa Baluchistão, onde vários grupos armados de cunho nacionalista lutam há décadas para obter a independência da região do Paquistão ou uma maior soberania. O Baluchistão é a província mais extensa e menos povoada do país asiático e, apesar de contar com muitos recursos naturais como gás e minérios, apresenta um dos índices de desenvolvimento mais baixos.
De acordo com um relatório recente do Instituto do Paquistão para Estudos de Paz (PIPS), esta província foi a que mais sofreu com o terrorismo no ano passado, com 474 incidentes que causaram um total de 631 mortes.
Fonte: noticias.terra.com.br
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