Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-06-2013

Mineiro vence concurso e é escolhido chef de cozinha de Psy
Ricardo Caput vai acompanhar o cantor durante uma turnê pelos EUA. "Foi um alívio. Estou muito, muito feliz", disse o brasileiro.
Mineiro vence concurso e é escolhido chef de cozinha de Psy
Foto: g1.globo.com

O mineiro Ricardo Caput, de 30 anos, venceu um concurso para ser o chef do rapper Psy. Ele foi escolhido por meio de um concurso, "Psy needs a chef" (Psy precisa de um chef), promovido pelo dono do hit "Gangnam Style" e uma rede de restaurantes. Um americano e um coreano estavam na final com o brasileiro. Caput foi informado do resultado na noite desta segunda-feira (17).
"Estava apreensivo, mas estava confiante. Não hora que me falaram foi um alívio. Estava tenso. Fique aliviado e muito, muito feliz. Tudo se resolveu maravilhosamente bem. Agora, estou tranquilo só esperando a data de viajar", falou.
O ganhador do concurso passará por um treinamento de duas semanas na Coreia do Sul e depois acompanhará Psy por uma turnê nos Estados Unidos. "Eles me mandaram um e-mail com os parabéns e disseram que iam entrar em contato", disse.
Hoje à frente da cozinha de um "bistrô metido a boteco", segundo definição de um dos proprietários, o mineiro, que mora em Belo Horizonte, já viajou o mundo como chef. "Vou tirar férias de um mês do trabalho. A ideia é voltar depois que o concurso acabar. Não vou sair do serviço ainda não. Desde o começo eles falaram que têm a possibilidade de continuar. Não pensei ainda se quero porque seria especulação. Tem que ver a proposta e analisar para ver se vale a pena. Mas o diferencial é essa especialização em comida coreana" explicou.

Ricardo Caput pretende apresentar ao cantor o sabor de Minas Gerais. "Se eu tiver a oportunidade, eu vou querer mostrar algumas coisas daqui. Não sei se eu faria um prato, ou se iria cozinhar livre igual eu faço e usar temperos, coisas mineiras. Mas de cara, faria um pão de queijo", adianta.
Cansado da rotina de estudante de direito, em 2004, trancou a faculdade e se mudou para a Inglaterra, onde se aventurou pela primeira vez em um restaurante. De lá para cá, estudou gastronomia, trabalhou em um navio, passando por países banhados pelo Atlântico e pelo Mediterrâneo, e fixou morada na Oceania, mais precisamente na Nova Zelândia, antes de voltar à capital mineira.

Para chegar entre os três finalistas do concurso, o chef mineiro criou um prato – uma salada de folhas, salmão desidratado, chips de batata baroa, carambola, flor comestível e molho de maracujá – e, claro, aprendeu os tradicionais passos de Psy (Veja, no vídeo, a receita e a dança). Essa mistura gastronômica e dançante foi registrada em uma gravação irreverente, feita por uma produtora mineira na cidade de Juiz de Fora e enviado à organização.

"Comecei a pensar em como fazer um vídeo diferente, cada dia que passava, eu queria fazer melhor. Lembrei de um amigo, que é dono de uma produtora de vídeo. E, nessa conversa, ele me colocou mais entusiasmo ainda. E ele falou: "vamos fazer um negócio para ganhar, um negócio para chamar a atenção". E ali comecei a ficar mais e mais entusiasmado com a ideia, até que a gente foi filmar. Quando foi filmar, que eu estava todo caracterizado e já com várias ideias de roteiro na cabeça, com os equipamentos, colocando o microfone e luz, foi só encarnar o Psy, brincar e me divertir pelas ruas de Juiz de Fora", conta.

E se o objetivo era chamar a atenção, Caput conseguiu e chegou à segunda fase da disputa. Segundo ele, o primeiro momento após receber a notícia que havia sido classificado foi de pura felicidade, uma espécie de recompensa pelo trabalho, que, apenas pela diversão, já tinha valido a pena para o mineiro.
"Foi uma empolgação muito grande, mas durou duas horas. Depois, começou a preocupação do que eu vou fazer agora. Agora, eu estou na final. Sou eu e mais dois, e é para ganhar. A coisa ficou séria", pontua. Para esta etapa final, o mineiro precisou produzir outros três vídeos: o primeiro com sua apresentação, o segundo mostrando sua "habilidade" com a dança, e o terceiro, que ainda não foi divulgado no site do concurso, fazendo um prato que leva produtos orientais.
A palavra final na escolha foi de Psy, mas o voto de internautas, conforme consta nas regras do concurso, teve peso de 60%. E na votação, Caput contou com o empenho de diversos amigos mundo a fora e, especialmente, com uma ajuda que vem de casa. Ele afirma que a mãe Rosângela ficou todo o tempo na frente do computador. "Minha mãe está aposentada hoje, ela foi professora por muito tempo, mas a profissão dela hoje é social media. Minha social media particular", brinca.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir