Era uma vez um Pa�s que ia de mal a pior. Seu povo envergonhava-se de seus representantes eleitos. A infla��o devorava o bolso das fam�lias, corro�a sal�rios dos trabalhadores e elevava os pre�os. O inconformismo era geral.
Neste Pa�s, aos poucos, deixava-se de se reconhecer a autoridade do Estado. Administradores, parlamentares e ju�zes assistiam, paulatinamente, ao enfraquecimento da soberania de suas decis�es.
Sem uma identidade pol�tica, sem uma figura simb�lica que se identificasse com essa Na��o aos peda�os, crescia a impopularidade de tudo e de todos que tivessem rela��o com a m�quina p�blica.
O bom futebol desse Pa�s n�o entorpecia mais sua sociedade civil. Nem mesmo uma Olimp�ada realizada em seu territ�rio aliviou as tens�es advindas da aus�ncia de pol�ticas p�blicas e sociais.
Impaciente, o povo tomava as ruas. Sem uma representa��o, sem uma ideologia, essa massa ac�fala reivindicava o �bvio, o bem-estar geral de todos, o controle da infla��o, a busca do pleno emprego e, enfim, a retomada do crescimento nacional.
Jovens, intelectuais, empres�rios, artistas, esportistas, inclusive com o uso da m�dia de vanguarda, uniam-se sob um denominador comum, todos queriam que esse Pa�s se levantasse. Bandeiras e fl�mulas tremulavam nas m�os dos manifestantes, sinalizando o amor � P�tria e a necessidade de mudan�as radicais em todos os setores do Estado.
Um dia, esse Pa�s, finalmente, encontrou seu l�der. Algu�m jovem, um grande entusiasta, que hipnotizava multid�es. Era a pessoa certa, sua ret�rica fazia com que todos voltassem a acreditar na reconstru��o da Na��o, rumo ao fortalecimento da economia. Um verdadeiro Aquiles.
De origem humilde, abandonado pelo pai, vindo a perder a m�e desde cedo, solteiro convicto, sempre dizendo estar casado com a P�tria, esse l�der de fala convincente conseguiu submeter as massas populares e a imprensa ao seu jugo. Manifesta��es e atos de vandalismo chegaram ao fim.
O nome desse homem: Adolf Hitler.
Fonte: Reda��o Maratimba.com
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