Categoria Policia  Noticia Atualizada em 21-06-2013

PF faz perícia para avaliar danos em prédio do Itamaraty
Peritos da Polícia Federal (PF) fazem análises técnicas no Palácio Itamaraty na manhã desta sexta-feira para verificar danos, prejuízos e problemas causados por manifestantes que invadiram o prédio ontem. Eles chegaram ao local por volta das 8h.
PF faz perícia para avaliar danos em prédio do Itamaraty
Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

Os policiais registram imagens de detalhes do prédio, analisam os locais ocupados pelos manifestantes ontem e avaliam eventuais prejuízos.

O laudo técnico elaborado pode ser concluído em até cinco dias. Mas na tarde de hoje a direção-geral da Polícia Federal deve definir sobre a abertura de inquérito, segundo informou à Agência Brasil a assessoria do órgão.

Ontem alguns manifestantes ocuparam o espelho de água que fica em frente ao edifício, invadiram o prédio e houve um princípio de incêndio na parte externa. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lamentou o ocorrido e condenou o vandalismo.

O prédio do Palácio Itamaraty, chamado também de Palácio dos Arcos, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O local é um dos mais bonitos e visitados da Esplanada dos Ministérios. No interior do prédio, é possível admirar exemplos da arquitetura moderna e também obras de arte do patrimônio nacional.

Inaugurado em 1970, o prédio é a sede do Ministério das Relações Exteriores. O Palácio Itamaraty é formado por três edifícios: o prédio principal e os anexos I e II, conhecido como Bolo de Noiva. Em frente ao edifício, sobre o espelho de água que também foi invadido por manifestantes, há a escultura batizada de Meteoro, de Bruno Giorgi.

No interior do edifício é possível ver painéis de Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e afresco de Alfredo Volpi. O paisagismo foi feito por Roberto Burle Marx. O projeto de construção do prédio levou anos para ser concluído devido às dificuldades técnicas para atender às inovações da proposta.

Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir