Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-06-2013

Protestos fecham vias nas regiões Sul e Leste de SP nesta terça-feira
Grupo de Campo Limpo e do Capão Redondo fechou Ponte João Dias. Manifestantes da Zona Leste bloquearam sentido da Av. Jacu-Pêssego.
Protestos fecham vias nas regiões Sul e Leste de SP nesta terça-feira
Foto: g1.globo.com

Manifestantes realizaram protestos na manhã desta terça-feira (25) nas regiões Sul e Leste da capital paulista. Eles caminharam pacificamente e chegaram a bloquear vias como a Ponte João Dias e um dos sentidos da Avenida Jacu-Pêssego. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) recebeu o apoio de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) durante os atos que pediram moradia, educação e saúde.

(O G1 acompanha em tempo real as manifestações pelo país, em fotos e vídeos: veja relatos no Brasil inteiro e em São Paulo.)

A manifestação na Zona Sul de São Paulo teve dois pontos de partida: o Largo do Campo Limpo e a Estação Capão Redondo do Metrô. Os grupos começaram a caminhada por volta das 8h, mesmo debaixo de chuva, e se encontraram na Avenida Carlos Caldeira Filho, que chegou a ficar totalmente bloqueada.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que, por volta das 9h, havia cerca de 500 pessoas na passeata pela Zona Sul. O grupo bloqueou os dois sentidos da Ponte João Dias por volta das 10h20, onde permaneceu até as 11h. Depois, os manifestantes caminharam até o Terminal João Dias, onde se dispersaram.

Os manifestantes pretendiam, inicialmente, seguir até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, mas mudaram de ideia após uma comissão ser recebida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Entre as reivindicações apresentadas a ele, estão o aumento da bolsa-aluguel, redução da tarifa dos trens e o aumento de uma hora no horário de funcionamento das composições.

Integrantes do MTST disseram que devem se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília, nesta terça-feira. Para Vanessa Souza, que participou do protesto no Campo Limpo, o convite é um avanço. O grupo deve pedir, entre outras reivindicações, a desapropriação de terrenos ociosos e destinação de áreas da União para habitação popular.

Presente no ato organizado pelo MTST e pelo movimento Periferia Ativa no Capão Redondo, o representante do MPL Caio Martins disse que "se o povo acordou na [Avenida] Paulista, na periferia ele nunca dormiu". O MPL organizou a série de manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo. O reajuste acabou revogado pela Prefeitura e pelo governo estadual. O movimento chegou a dizer, na semana passada, que não convocaria novos protestos, mas que apoiaria outros atos, como o do MTST.


Manifestação na Zona Leste

O protesto na Zona Leste de São Paulo, também organizado pelo MTST, estava previsto para começar as 7h, mas o grupo deixou a Estação Guaianazes da CPTM por volta das 8h30. Eles seguiram pela Rua Salvador Gianetti em direção à Subprefeitura de Itaquera.

Os manifestantes pararam por alguns minutos em frente à Subprefeitura de Guaianazes.

Depois, seguiram em caminhada pela Estrada Itaquera/Guaianazes, bloqueando totalmente o sentido Centro da via.

Durante a passeata pela Avenida José Pinheiro Borges, conhecida como Nova Radial, um grupo de motociclistas tentou furar o bloqueio feito para a segurança dos manifestantes. Houve um princípio de tumulto, logo controlado. Após a discussão, os motociclistas tiveram a passagem liberada. A Polícia Militar passou a acompanhar o grupo à distância e os policias da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) saíram da frente da passeata.

Por volta das 10h30, os manifestantes desviaram o caminho inicialmente previsto e foram para a Avenida Jacu-Pêssego, uma das vias de maior movimento da capital paulista. O grupo seguiu no sentido Mauá, interditando as quatro faixas disponíveis para quem trafega rumo ao ABC. Eles pararam na altura da passarela Pascoal Giannetti e, sentados no chão, fizeram uma roda e cantaram.

Representante do MTST, Maria das Dores Siqueira comemorou o fato de protestar sem repressão policial. "Eles também são explorados. O nosso movimento também luta por eles, o povo menos favorecido", disse também sobre os motoristas presos no trânsito. A avenida foi liberada por volta das 11h, quando os manifestantes se deslocaram para a Rua Italina. Logo depois, eles se dispersaram, finalizando o protesto.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir