Categoria Politica  Noticia Atualizada em 01-07-2013

Popularidade de Dilma despenca
Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gest�o Dilma boa ou �tima. A avalia��o positiva do governo da petista caiu 27 pontos em tr�s semanas. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo pa�s, a aprova��o era de 57%.
Popularidade de Dilma despenca
Foto: www.jcnet.com.br

Em mar�o, seu melhor momento, o �ndice era mais que o dobro do atual, 65%.

A queda de Dilma � a maior redu��o de aprova��o de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econ�mico do ent�o presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupan�a dos brasileiros foi confiscada.

Naquela ocasi�o, entre mar�o, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35
pontos (71% para 36%). Em rela��o a pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gest�o Dilma como ruim ou p�ssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota m�dia da presidente caiu de 7,1 para 5,8. Neste m�s, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas regi�es do pa�s e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.

O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi �tima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou p�ssima.

Ap�s o in�cio das manifesta��es, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e prop�s um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma pol�tica. A pesquisa mostra apoio � ideia. A deteriora��o das expectativas em rela��o a economia tamb�m ajuda a explicar a queda da aprova��o da presidente. A avalia��o positiva da gest�o econ�mica caiu de 49% para 27%.

A expectativa de que a infla��o vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do sal�rio vai cair �antes eram 27%. Os atuais 30% de aprova��o de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior �ndice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do esc�ndalo do mensal�o, ele tinha 28%.

Com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pior fase foi em setembro de 1999, com 13%. Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 munic�pios. A margem de erro � de 2 pontos para mais ou para menos.

A pesquisa mostra ainda que a preocupa��o com a sa�de, que j� era alta, disparou no ranking de principal problema do Brasil na avalia��o dos entrevistados. Conforme o levantamento, 48% dos brasileiros elegem a sa�de como o principal problema do pa�s. Em dezembro de 2012, quando o Datafolha havia feito essa pergunta pela �ltima vez, o �ndice da sa�de era 8 pontos menor, 40%. No terceiro m�s do governo Dilma (mar�o de 2011), era 17 pontos menor, 31%.

Outra mudan�a not�vel no intervalo de dois anos e tr�s meses � a queda das cita��es da seguran�a ou da viol�ncia como maior problema. Essa sempre foi a segunda maior preocupa��o. Chegou a 20%, mas agora caiu para a quarta coloca��o, com 10%.

Queda consistente tamb�m pode ser observada no desemprego, que variou de 11% para 4% desde mar�o de 2011. Nesse tipo de pesquisa, em que o entrevistado s� pode dar uma resposta, o entrevistador n�o oferece cart�o com op��es de respostas. A exemplo da sa�de, as cita��es da corrup��o cresceram acima da margem de erro, que � de dois pontos percentuais.
Dilma chama equipe e cobra medidas

A presidente Dilma Rousseff avisou sua equipe que planeja realizar esta semana reuni�o ministerial para acelerar medidas que atendam as reivindica��es da voz das ruas e evitar um clima de paralisia no governo. Segundo assessores, a presidente quer passar a seus ministros a orienta��o de que o setor p�blico precisa responder aos anseios dos manifestantes, que desejam melhores servi�os no pa�s.

A inten��o � dizer que n�o basta ouvir a voz das ruas, como ser� feito no plebiscito sobre a reforma pol�tica, mas tamb�m agir rapidamente e acelerar programas nas �reas de educa��o, sa�de, seguran�a e mobilidade urbana. A reuni�o, por�m ainda n�o est� confirmada oficialmente na agenda presidencial. Segundo um auxiliar, havia a possibilidade de posterg�-la caso a avalia��o fosse a de que o encontro poderia passar a imagem de algo vazio, sem resultado concreto.

Dilma tamb�m avisou sua equipe que pode receber l�deres da oposi��o nesta segunda-feira. Os oposicionistas j� trabalham com a possibilidade de o encontro ficar apenas na promessa do Planalto. Dilma passou a tarde de s�bado e in�cio da noite reunida com ministros no Pal�cio da Alvorada. Acompanhada de Aloizio Mercadante (Educa��o), recebeu � tarde os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Sa�de) para discutir o programa Mais M�dicos. Depois, no in�cio da noite, reuniu-se com os ministros Paulo Bernardo (Comunica��es) e Helena Chagas (Secretaria de Comunica��o).

Tamb�m esteve no Alvorada o ex-ministro Franklin Martins. Um dos temas das conversas foi a mensagem que ela enviar� ao Congresso amanh� sugerindo a realiza��o do plebiscito sobre a reforma pol�tica, tema que ainda gera diverg�ncias com a sua base aliada.

O presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por exemplo, tem pronto um "plano B" para a hip�tese de fracasso do plebiscito proposto pelo governo federal.

Alegando que, na pol�tica, se deve lidar com "o mundo real", o peemedebista criar� na ter�a-feira uma comiss�o com a tarefa de elaborar uma proposta de reforma pol�tica num prazo de 90 dias.

"Se houvesse um consenso, tempo exequ�vel, o plebiscito seria o ideal. Mas, como na vida pol�tica temos um mundo real, n�o s� o ideal, vou me prevenir", afirmou Henrique Alves. Segundo o deputado, a C�mara n�o pode desperdi�ar o momento prop�cio para a reforma pol�tica. Como a organiza��o de plebiscito exigiria acordo para formata��o de um question�rio, ele prefere instalar a comiss�o para um trabalho paralelo.

Fonte: www.tribunadabahia.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir